quinta-feira, 4 de março de 2010

Sobre vírus de plantas...


1) Em 1966, o Comitê Internacional para Nomenclatura e Taxonomia de vírus de plantas, decidiu que a classificação dos vírus segue:....

a) Sistema taxonômico família-gênero-espécie e nomenclatura em latim.
b) Taxonomia em grupos e nomenclatura binominal.
c) Taxonomia de Reino a espécie e nomenclatura em latim baseada no hospedeiro do vírus.
d) Taxonomia em grupos e nomenclatura em inglês baseada no hospedeiro do vírus e na sintomatologia.

2) Sobre a replicação dos vírus é correto afirmar que:

a) Quando o vírus possui como material genético o DNA, a síntese de DNA e proteínas bem como o acoplamento ocorre no citoplasma da célula hospedeira.
b) Quando o material genético do vírus é o RNA, o local de síntese de RNA e proteínas e o acoplamento são no núcleo da célula.
c) As etapas de replicação viral são: a penetração na célula hospedeira, o desnudamento ou liberação do ácido nucléico, a síntese do ácido nucléico e proteínas e a maturação ou acoplamento destes dois componentes.
d) Se o vírus estiver desprovido de capsômero, devido a alguma alteração na sua estrutura, não será possível a replicação deste vírus.

3) Sobre a disseminação e a infecção de um hospedeiro ou vetor com o patógeno vírus é incorreto afirmar que:

a) Os vírus podem ser transmitidos por vetores aéreos, como os insetos e os ácaros ou vetores do solo, como os nematóides e os fungos.
b) A forma de transmissão de vírus que não tem grande impacto em condições naturais é a transmissão mecânica através da seiva.
c) Não é necessário ferimento na célula hospedeira do vírus para que ocorra a penetração do patógeno.
d) A transmissão de vírus através de propagação vegetativa pode ocorrer através da união de tecidos (enxertia) ou pela propagação de material contaminado, como tubérculos, rizomas, bulbos e outros.

4) Com base nas diferentes formas de transmissão de vírus por vetores, a afirmativa que está correta é:

a) Na transmissão não-persistente o vírus permanece no inseto após a ecdise.
b) Na transmissão semi-persistente a picada de prova é mais demorada e o vetor é infectado pelo vírus que está presente no floema da planta.
c) Na transmissão persistente não é necessário um período de incubação para que posteriormente ocorra a disseminação do vírus para planta.
d) O vírus propagativo é aquele que ao ser adquirido pelo vetor passa pela parede intestinal, hemolinfa e glândula salivar onde é local que permanecerá até a inoculação.
5) Os vetores com maior importância para a transmissão de vírus são:

a) Afídeos, cigarrinhas e moscas brancas.
b) Cochonilhas, pulgões e besouros
c) Besouros, tripes e gafanhotos.
d) Percevejos, agromizídeos e moscas brancas.

6) É um vírus que se transmite por contato
a) Cucumber mosaic vírus
b) Bean golden mosaic vírus
c) Tobacco mosaic vírus
d) Nenhum deles.

7. Com relação aos vírus de plantas é incorreto afirmar que:
a) Cerca de 20% dos vírus de plantas conhecidos são transmitidos por sementes
b) Os nematóides transmitem os vírus alimentando-se em raízes de plantas infetadas e em seguida, em plantas sadias
c) Os vírus de plantas podem causar dois tipos de sintomas ou infecção: localizada e sistêmica
d) os vírus de plantas são denomidados pelo tipo de doença, sintomas e transmissão.

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créditos imagem: www.cpd.ufv.br/bioagro/files/fra/main_linhas.htm

terça-feira, 2 de março de 2010

Microbiologia em questões 01



1. “Os microrganismos se tornaram modelo experimental de escolha para o estudo da genética”. Uma das opções abaixo não é coerente com a frase acima. a) simplicidade; b) rápida velocidade de crescimento; c) patogênicos; d) variedade de atividades bioquímicas.
2. Os microrganismos têm emergido como nova fonte de produtos e processos para o benefício da sociedade. Se enquadra fora desse contexto: a) produção de insulina humana; c) decomposição da gasolina; d) decomposição de herbicidas.
3. Era defensor da teoria da abiogênese: a) Francesco Redi; b) John Needham; c) Lazzaro Spallanzani; d) Louis Pasteur.
4. Bebida japonesa produzida pela fermentação microbiana do arroz moído. a)vinho; b) kiu; c) Saquê; d) koumiss.
5. Único conceito que não está correlacionado a teoria Microbiana da doença: a) agente etiológico; b) parasitismo; c) micróbio; d) fermentação.
6. Primeiro a provar que um tipo específico de micróbio causa um tipo definido de doença. a) Robert Koch; b) Louis Pasteur; c) Paul Erlich; d) Lazzaro Spallanazani.
7. Não faz parte do Postulado de Koch: a) associação patógeno-hospedeiro; isolamento e cultivo do patógeno; c) inoculação em hospedeiro sadio; d) inoculação em hospedeiro contaminado.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Cientistas criam 'show de luz' com bactérias modificadas

22/01/2010 - 20h50 matéria publicada no UOL CIÊNCIA E SAÚDE

Cientistas americanos conseguiram criar um “show de luzes” com bactérias, geneticamente modificadas para emitir brilho em sincronia.

No experimento, a equipe de estudiosos da Universidade da Califórnia em San Diego criou "relógios genéticos" sincronizados nas bactérias, programando-as para ligar e desligar uma proteína que brilha.

As ondas sincronizadas, ou oscilações, são importantes para os cientistas, pois elas controlas funções importantes no corpo humano, como o ciclo de sono, os processos de aprendizado e a liberação regular de substâncias no corpo, incluindo insulina.

Controladas, essas ondas de atividade poderiam ser usadas, no futuro, para criar sensores biológicos ou para programar células para liberarem doses periódicas de remédios.

O estudo foi publicado na revista Nature.


Veja vídeo com show de luzes” feito com bactérias
'Conversa de célula'
A mesma equipe de cientistas, liderada pelo pesquisador Jeff Hasty, conseguiu há um ano produzir células que "piscavam" e podiam ser ajustadas para alterar a periodicidade com que suas luzes acendiam e apagavam.

Mas, nesta última experiência, os cientistas conseguiram que as bactérias sincronizassem suas atividades enquanto a colônia crescia.

"Se você quer um sensor, e quiser usar a periodicidade das células ao ligar e desligar para sinalizar algo a respeito do ambiente, você precisa de um sinal sincronizado", afirmou Hasty.

Para conseguir este sinal, o cientista e sua equipe incorporaram dois genes nas bactérias.
Um dos genes produziu o que ele descreveu como "um sistema de resposta negativa". Este foi o componente crucial que estimulou as oscilações nas células, ligando e desligando a proteína que brilha.

O outro gene produziu um elemento químico que se moveu entre as bactérias, permitindo que elas conversassem e comunicassem umas às outras a taxa de oscilação.

O professor Martin Fussenegger, cientista da Universidade EHT de Ciência e Tecnologia de Zurique, na Suíça, afirmou que esta foi a "primeira vez que dispositivos de tempo em células diferentes foram sincronizados".

"É um feito incrível. Mas o verdadeiro avanço (será quando) pudermos fazer isso com células de mamíferos, e esta pesquisa estabeleceu a base para isto", acrescentou o cientista, que não participou do estudo, à BBC
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http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/bbc/2010/01/22/cientistas-criam-show-de-luz-com-bacterias-modificadas.jhtm

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

PESQUISA ENCONTRA CONTAMINAÇÃO EM ÔNIBUS DE SÃO PAULO

07/11/2008 10h12

Quem anda de ônibus em São Paulo tem um ótimo motivo para lavar as mãos logo depois. Pesquisadores da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo coletaram 120 amostras em balaústres de 40 ônibus da cidade e descobriram que todas estavam contaminadas com microorganismos. O estudo foi publicado em outubro na revista "Arquivos Médicos", editada pela instituição.

Apesar de não causarem danos maiores a pessoas que têm a imunidade conservada, os microorganismos encontrados podem provocar infecções em quem tem resistência mais baixa, como idosos, bebês, pessoas que passaram por um transplante ou que tomam remédios imunossupressores -que baixam as defesas do organismo. As infecções podem ir de simples dermatites ou abcessos na mão a pneumonias, dependendo do grau de resistência.

Segundo Lycia Mimica, presidente da comissão de controle de infecção hospitalar da Santa Casa e professora de microbiologia da Faculdade de Ciências Médicas da instituição, o resultado era esperado.

"O pessoal vem com a mão suja e passa essas bactérias para o ônibus ao segurar nele. O próximo que chega, então, pega no mesmo local e se contamina", explica. Ela diz que o mesmo processo provavelmente ocorre em trens, táxis e outros veículos de transporte público.

Segundo Mimica, o problema do ciclo de contaminação seria minimizado com uma medida corriqueira: lavar as mãos. "O risco passa a ser praticamente zero. Mas as pessoas não têm esse costume. Andam por aí, tocam mil superfícies diferentes, mas só lavam as mãos quando saem do banheiro."

Ela diz que não se trata de falta de higiene das empresas de ônibus. "O fluxo de passageiros entre uma viagem e outra é muito grande, não haveria jeito de a empresa controlar. O passageiro é que tem que tomar cuidado mesmo."

Apesar de a maioria dos microorganismos encontrados não ser dos mais patogênicos nem apresentar grande resistência a antibióticos, Mimica diz que nada impede que uma pessoa com doenças como pneumonia ou diarréia transmita microorganismos mais danosos da mesma forma. E uma das amostras da pesquisa continha uma bactéria mais perigosa, o MRSA (um tipo de estafilococo), até recentemente restrito a hospitais. Mas trabalhos atuais vêm relatando sua presença na comunidade.

Atualmente, o grupo de Mimica pesquisa visitantes de pacientes internados na UTI e detectou a presença da bactéria nas mãos dessas pessoas no momento em que saem do hospital. "O familiar toca ou abraça o paciente e esquece de lavar a mão quando sai. Com isso, acaba transportando a bactéria para fora do hospital."

Para Jacyr Pasternak, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, o grande problema em ambientes com muita aglomeração de gente, como os ônibus, é a transmissão de doenças pelo ar, como gripe, tuberculose e rotavírus. "Se a pessoa tosse perto de você, pode transmitir a doença. E não há muito o que fazer nesse caso, já que ninguém vai ficar andando de máscara por aí", diz.

Ele lembra, no entanto, que não há que se alarmar por cada bactéria que aparece, pois muitas vivem pacificamente no nosso organismo. "Vivemos num mundo de micróbios. Para cada célula humana, há mil células bacterianas que coexistem no nosso organismo. Isso é inevitável", afirma.

Fonte: Folha de São Paulo


http://www.sbinfecto.org.br/default.asp?site_Acao=MostraPagina&paginaId=134&mNoti_Acao=mostraNoticia¬iciaId=2909

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

CONTROLE CULTURAL




• O controle de uma fitomoléstia, na maioria das vezes ocorre com a aplicação de defensivos agrícolas. Dado ao imediatismo que muitas vezes requer a situação, principalmente tendo em vista a falta de planejamento do manejo das doenças que poderiam ocorrer no plantio faz-se uso do combate a conseqüência em detrimento da causa. Um processo de planejamento de condições de pré-plantio e durante o desenvolvimento da planta em detrimento ao agente causal de um fitomoléstia, leva a se antecipar aos fatos tendo como objetivo maior a prevenção ou a interceptação da epidemia por outros meios que não sejam a resistência genética e o uso de pesticidas.
• Todo o trabalho é realizado no sentido de se buscar diminuir o possível contato entre a planta suscetível e o agente causal, através do inóculo viável de maneira a reduzir a taxa de infecção e o subseqüente progresso da doença.
• A aplicação do controle cultural se baseia no fato de que o objetivo é se antecipar-se a qualquer fitomoléstia que venha ocorrer, ou seja, procurar monitorar o ambiente e buscar alternativas como:
a) supressão do aumento e/ou a destruição do inóculo existente;
b) escape das culturas ao ataque potencial do patógeno;
c) regulação do crescimento da planta direcionado a menor suscetibilidade
É fundamental conhecer bem o ambiente, os patógenos que ocorrem na região, bem como conhecer os cultivos do entorno, ou seja, a vizinhança.
• Utilizar rotação de cultura
• uso de material propagativo sadio
• eliminação de plantas vivas doentes ("roguing")
• eliminação ou queima de restos de cultura
• incorporação de matéria orgânica no solo
• preparo do solo (aração)
• fertilização (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio)
• irrigação;
• densidade de plantio;
• épocas de plantio e colheita;
• enxertia e poda;
• barreiras físicas e meios óticos para controle de vírus.
Toda atenção deve ser dada, que o somatório de todas medidas de controle cultural com outras medidas de controle, devem compor um sistema mais compacto de manejo de doenças de plantas.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Deu no G1.globo.com: Pesquisa mapeia como bactéria resistente se espalhou pelo mundo


Round, colônias cremosas de Acidovorax avenae subsp. citrulli (Courtesy R. Walcott)


Pode um surto de infecções por Staphylococcus aureus em um hospital de Londres estar relacionado com uma cepa da bactéria vinda do sudeste asiático? De acordo com uma pesquisa, publicada pela revista “Science”, sim.

Utilizando uma nova técnica de análise de sequências do DNA, pesquisadores britânicos mapearam pela primeira vez como a bactéria resistente a antibióticos, conhecida como MRSA, se espalhou pelo mundo nas últimas décadas.
Mais de 30% das pessoas sadias carregam a bactéria Staphylococcus aureus (suscetível à meticilina) na pele e nas fossas nasais”, disse ao G1, Sharon Peacock, do Departamento de Medicine da Universidade de Cambridge e da Universidade Mahidol, na Tailândia, um dos autores do estudo.

“A MRSA é uma variante da bactéria, resistente à meticilina, é carregada pelas pessoas da mesma forma, porém em menor quantidade. Se um indivíduo colonizado pela bactéria viaja de um local para outro, isso dá a oportunidade dela se disseminar de uma pessoa para outra”, explicou Peacock
A maioria das infecções por MRSA ocorre em hospitais e serviços de saúde e podem ser fatais. Os métodos atuais de comparação das cepas da bactéria coletadas dos pacientes não dá informações suficientes para definir precisamente a relação entre elas. O método desenvolvido pelos pesquisadores mapeia os genes de diferentes cepas de MRSA em pontos com poucas variações nas letras da sequência de DNA.
Leia mais em: WWW.g1.globo.com ciência e saúde / biologia

22/01/10 - 06h30 - Atualizado em 22/01/10 - 09h18

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Fitopatologia: Ensino em uma visão holística


O ensino da Fitopatologia requer conhecimentos de várias outras disciplinas, as quais constituem pré-requisito para que o aluno possa se matricular na disciplina que ensina o manejo das doenças de plantas.

Não obstante tal situação, foi-se o tempo em que decorar nome de agentes causais de doenças de plantas era fator fundamental no processo de aprendizagem. Em contrapartida, os conhecimentos gerados pela Biologia, Botânica, Fisiologia Vegetal e outras disciplinas, essenciais para o aprendizado da Fitopatologia, não recebiam a ênfase necessária no contexto do processo de ensino e aprendizagem.

Isso posto, convém ressaltar que, o professor no momento em que aborda um determinado tema, como por exemplo: "ambiente e doenças de plantas", deve estimular o aluno a pensar de modo transdisciplinar (entre e dentro), deixando de lado o disciplinar e além disso adicionar boa dose de uma visão holística.

Combater e/ou manejar a causa em detrimento da consequência é o "X" da questão. Veja por exemplo a incidência do fungo Colletotrichum gloeosporioides no maracujazeiro. Normalmente a incidência se dá em condições ambientais de temperaturas altas durante o dia com a presença de chuva ou orvalho durante a noite (causas ambientais) e devido a plantas que estão nutricionalmente frágeis. Examinando-se a causa,medidas de manejo integrado tornam o controle mais eficiente do que simplesmente recomendar a aplicação de um produto "A" ou "B".