sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

VÍRUS: ASPECTOS GERAIS












1.CONCEITO:
Conjunto formado por uma ou mais moléculas de ácido nucléico genômico, normalmente envolto por uma capa ou capas protetora(s) de proteína ou lipoproteína, o qual é capaz de mediar sua própria replicação somente no interior das células hospedeiras apropriadas Matthews (1992).
2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS DE PLANTAS
Parasitas obrigatórios.
Presença de um só tipo de ácido nucléico, RNA ou DNA.
Incapacidade de crescer e se dividir autonomamente.
Dependem da célula hospedeira para replicação.
Dependem da célula hospedeira para executar funções vitais.
Replicação somente a partir de seu próprio material genético.
Ausência de informação para produção de enzimas do ciclo energético.
Ausência de informação para síntese de RNA de transferência e ribossômico.
Características distintivas
Tipo de material genético (DNA ou RNA)
Tamanho e Forma
Natureza do envoltório (com ou sem envelope)
Genoma muito simples
3. COMPONENTES ESTRUTURAIS DOS VÍRUS
Genoma: conjunto de informações genéticas de um vírus, codificado pelo ácido nucléico.
Capsídeo: capa protéica que envolve o genoma viral, formada por subunidades de proteína.
Capsômero: subunidades do capsídeo.
Nucleocapsídeo: conjunto formado pelo genoma mais capsídeo.
Envelope: membrana que envolve o nucleocapsídeo em alguns tipos de vírus.
Vírion: estrutura viral completa.
4. COMPONENTES QUÍMICOS DOS VÍRUS VEGETAIS
Ácidos Nucléicos
Proteínas
Lipídeos
Carboidratos
Estrutura Básica dos vírus
Vírion = partícula viral completa e infecciosa
Capsídeo
Ácido Nucléico
Matriz Protéica

Forma relativa, tamanho e estrutura de alguns vírus de plantas representativos. A) vírus na forma de bastonete flexuoso; B) vírus na forma de bastonete rígido; B-1) vírus na forma de bastonete flexuoso, mostrando subunidades de proteínas [PS] e ácido nucléico [NA]; B-2) seção transversal do vírus na forma de bastonete flexuoso, mostrando o canal central [HC]; C) vírus na forma baciliforme com envelope; C-1) seção transversal vírus na forma baciliforme com envelope; D) vírus na forma poliédrica; D-1) icosaedro, representando a simetria de 20 lados que são arranjadas as subunidades de proteína do vírus poliédrico; E) vírus na forma poliédrica com duas partículas iguais seminadas [adaptado de Agrios (1997)].
6. CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DOS VÍRUS
n6.1. Classificação
● Tipo de ácido nucléico (DNA ou RNA);
● Número de fitas de ácido nucléico (monocatenário ou bicatenário);
● Peso percentual do ácido nucléico em relação à partícula;
● Peso molecular, tamanho e forma da partícula (isométrica, alongada e baciliforme);
● Presença ou ausência de envelope características físicas, químicas, biológicas e antigênicas da partícula;
● Gama de hospedeiros; forma de transmissão.
n6.2. Nomenclatura
São denominados pelo tipo de doença ou sintomatologia apresentada pelo hospedeiro.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

COLETAR, PREPARAR E ENVIAR MATERIAL PARA ANÁLISE



Finalidade:
•Orientar as atividades de coleta de materiais para exames de laboratório, tendo em vista a necessidade e a importância de se obter amostras representativas e resultados mais precisos.

•Recomendam-se procedimentos para a preservação dos materiais, retardando a ação biológica, para dar condições de exame. Tais materiais devem ser acompanhados de informações importantes (preenchimento de formulário apropriado), sendo que material completamente seco em estado de putrefação, e sem a informação necessária serão eliminados do processo de análise.

Plantas com murchamento, amarelecimento ou enfraquecimento geral.

•1. Arrancar as plantas cuidadosamente (não puxá-las).
•2. Enviar a planta inteira, incluindo as raízes, com torrão de terra em volta.
•3. Enviar plantas que apresentem os primeiros sintomas da doença.

•4. Enviar amostras do solo e pedaços de raízes em saco plástico, bem fechado para evitar perda de umidade.
•5. Árvores grandes, coletar as raízes, grandes e pequenas, junto com torrão de solo, na área da projeção da copa, cobrindo-as com plástico.

Cancros em ramos e troncos

•1. Selecionar espécimes com infecções recentes.
•2. Enviar uma parte inteira com o sintoma e, se possível, também uma parte localizada abaixo e acima da parte infectada.
•3. Ramos e galhos mortos há vários meses, não servem para identificações.

C – Manchas foliares
1. Coletar amostras de folhas que mostram sintomas iniciais e adiantados de infecção.

Órgãos frágeis

•1. Putrefações em frutas frágeis e vegetais necessitam atenção especial. Não enviar aquelas com avançado estado de decomposição.
•2. Selecionar materiais frescos que demonstrem os primeiros sintomas colocá-los em saco plástico, não adicionar água. Vegetais frágeis e frutas devem ser acondicionadas separadamente.
•Guardar em lugar fresco, até o momento do despacho.
•Obs.: É recomendado o uso de saco plástico devido a melhor conservação do material e para evitar derrames de secreções, etc.

•1. Embrulhar cada material em papel resistente. Colocar o endereço perfeitamente visível.
•2. Folhas ou pequenas plantas podem ser envolvidas em folha de jornal ou mata borrão.
•3. Não colocar o endereço e a ficha de identificação em contato com o material a ser analisado.

•4. Enviar logo após a coleta. Se não for possível, guardar em geladeira até o momento da remessa.
•5. Endereçar para laboratório fitopatológico.
•6. Programar a chegada das amostras no laboratório, em dias úteis.

Informações que devem acompanhar o material


•1. Preencher a ficha para o envio do material para análise.
•2. Colocar a ficha em lugar seguro junto ao pacote.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS DE PLANTAS - MID


Os problemas decorrentes do manejo inadequado dos defensivos agrícolas tem provocado acidentes nas mais distintas regiões do país, calcula-se que anualmente no Brasil 5 mil produtores são contaminados pelo uso de defensivos agrícolas. No Paraná foram registrados no ano de 1996, 786 casos de intoxicação por defensivos agrícolas, sendo 52% destes, na lavoura (FERRO e ROSSETO 1996). No Brasil existem cerca de 7 milhões de trabalhadores rurais e 18 milhões de pequenos produtores agropecuários, que ocasionalmente utilizam produtos fitossanitários, sendo necessário que se promova um intenso processo de orientação e conscientização dessa grande população, sendo fundamental que ela esteja conscientizada sobre os possíveis riscos durante o manuseio e a aplicação desses produtos (CORREIO AGRÍCOLA, 1999). Introdução
Doença de Plantas = P + H + A Patógeno virulento. Hospedeiro suscetível. Ambiente favorável.
Controle ou Manejo de Doenças de Plantas?
Controle: finalismo; completo domínio
Manejo: Processo contínuo de Controle da doença
Objetivos do Manejo Integrado de Doenças M.I.D
Redução dos custos de produção; Manter equilíbrio ecológico; Redução dos riscos de intoxicação do aplicador;
Preservar saúde do consumidor.
Estratégias do M.I.D
Redução da quantidade de inóculo Redução da taxa de progresso da doença
Etiologia; Epidemiologia; Interações patógeno x agroecossistema; Clima (temperatura, chuva, orvalho, etc); Hospedeiro (resistência genética, densidade foliar, variedade, etc); Patógeno ( inóculo, raças fisiológicas, virulência, sobrevivência no solo, restos de cultura, etc).
M.I.D Exemplo de Técnicas
Histórico da área Local do plantio Época de plantio Sementes e mudas Clima Tratos culturais Nutrição Plantas daninhas
Práticas de manejo
Eliminação ou redução do inóculo Escape Termoterapia Compostagem C. Biológico Solarização Resistência Rotação de Cultura Tratamento de sementes Certificação Decréscimo doença no campo
Controle de insetos Escape Irrigação Nutrição Rotação de Culturas Controle Químico Resistência Previsão 8.M.I.D – Entraves
Pesquisa e informação técnica limitada; • Influência dos vendedores de defensivos agrícolas; • Serviço de Extensão Rural deficiente; • Falta de apoio dos Governos; • Complexidade dos programas de controle; • Receio de correr riscos; • Falta de compreensão dos problemas e anseios do produtor; • Descapitalização dos produtores; Ventura (1999)