terça-feira, 27 de julho de 2010

A relação de causa e efeito em doenças de plantas

O título acima citado parece em princípio um pouco descabido. O grande problema é que no contexto geral de um plantio de uma cultura, a área de fitopatologia é posta em segunda plano, quando o correto seria fazer parte de um planejamento integrado e preventivo através de várias ações de manejo cultural, de solo, da irrigação e da previsão do tempo.
O correto manejo de uma cultura, dentro de uma visão holística é questão de preferência e prevenção de riscos, danos e perdas. Muitas vezes a doença é consequência. Lembro-me de um caso em que um agricultor procurou-me para diagnosticar a morte precoce do maracujazeiro em sua propriedade. Antes de plantar o maracujazeiro ele cultivou tomateiro. Como se aduba em larga escala o tomateiro, planta-se o maracujazeiro na esperança de utilizar resíduos de adubos que foram colocados para o tomateiro. O solo tem vida e o maracujazeiro é uma nova cultura e merece ser bem manejada. Como consequência da falta de manejo adequado, o maracujazeiro começa a apresentar debilidade tanto de aspecto hídrico como nutricional e o reflexo é que esta debilidade é uma porta aberta para entrada de patógenos menos especializados, mas que provocam sérios danos ao cultivo.
Causa: péssimo manejo....Consequência: doenças, perdas, danos e injúrias.

Voltarei ao assunto!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Novamente a questão dos agrotóxicos

ORIENTAÇÃO*(Matéria publicada no caderno regional do DIÁRIO DO NORDESTE em 20/07/2010) www.diariodonordeste.com.br
Capacitação para aplicar veneno

Limoeiro do Norte. Engenheiros agrônomos e trabalhadores rurais que atuam no setor de aplicação de veneno serão capacitados nesta cidade, a partir da semana que vem, pela Agência de Defesa Agropecuária (Adagri). A medida faz parte de uma séria de ações estratégicas promovidas pelos principais órgãos do setor agrícola no Estado que fazem a elaboração do Plano Estadual de Uso de Agrotóxicos, coordenado pelo Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente no Ceará (Conpam). Mesmo com a orientação, um dos principais impasses continua a ser a falta de controle sobre a mistura de venenos, formando o coquetel de agrotóxicos.

Entre os dias 26 e 29 de julho, agentes da Adagri promoverão um curso sobre aplicação de veneno. No dia 29 os engenheiros agrônomos serão orientados pelo Crea sobre a necessidade de aplicação do receituário agronômico. Também participarão os comerciantes que revendem defensivos agrícolas.

"Fiscalizamos 22 revendas e o pessoal vende pouco agrotóxico e ainda vende errado. E vamos discutir a realização de uma coleta itinerante permanente de embalagem de agrotóxicos, a cada dois ou três meses", anuncia o gerente da Adagri, Nivardo Silva Júnior. Antes, servidores da Agência estão passando por capacitação, "para o pessoal sair em campo com mais confiança". Ele defende que só se conseguirá gerar resultados positivos se todos os órgãos articulados fizerem a sua parte. Os diagnósticos feitos por Semace, Secretaria da Saúde, Adagri e Ministério da Agricultura serão convergidos no relatório do Conpam, que neste semestre finaliza o relatório que será uma pré-produção do plano estadual que regulamentará o uso de agrotóxicos. "É um processo complicado, mas estamos até finalizando um manual de fiscalização", diz Nivardo. O primeiro alvo de todo o trabalho é a Chapada do Apodi, em Limoeiro, onde foi constatada uma série de irregularidades no uso de venenos nas lavouras.