Fitopatologia (Phyton = planta, Pathos = doença e Logos = estudo) e indica a ciência que estuda as doenças das plantas.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Prática Etiologia
Etiologia -
A
Agente causal: É um agente biótico ou abiótico que pode causar irritação e provocar uma doença.
C
Ciclo primário: É quando o agente patogênico inicia sobre o hospedeiro suscetível após um período de repouso ou a partir da fase de saprogênese.
Ciclo secundário: É o ciclo que sucede a um ciclo primário ou a um outro ciclo secundário sem a interposição de um período de repouso ou dormência, ou de uma fase saprofítica.
Colonização: Implica na distribuição do patógeno dentro do tecido do hospedeiro.
Colonização generalizada: Quando a colonização assume proporções gerais, com o parasita disperso por toda ou quase toda planta.
Colonização localizada: Quando o patógeno fica circunscrito aos tecidos adjacentes ao local de penetração, ou quando, embora se afastando do lugar de penetração, o patógeno fixa-se em determinados órgãos da planta.
D
Disseminação: Espalhamento, dispersão, movimentação do patógeno.
Doença parasitária: Doença resultante da interação hospedeiro-patogeno-ambiente.
E
Ectoparasita: São os indivíduos que se desenvolvem na superfície do hospedeiro.
Endoparasitas: São os indivíduos que se desenvolvem, quando em colonização, no interior do hospedeiro.
Enfermidade: Significa doença, moléstia.
Espoliação: Modalidade de colonização onde o parasita desvia, em seu favor, os princípios nutritivos presentes nos tecidos vivos do hospedeiro.
Etiologia: É o estudo das causas de doenças de plantas e tem como objetivo o estabelecimento de medidas adequadas de controle.
Exploração: É o processo mais comum de colonização, culminando com o desencadeamento de efeitos necróticos, sintomas presentes na maioria das infecções. No caso, os patógenos consomem os tecidos do hospedeiro.
F
Fonte de inóculo: É o local onde os inóculos são produzidos.
Formae specialis: Populações de um organismo, que não se diferenciam morfologicamente e sim em sua patogenicidade, estabelecida em plantas de espécies botânica diferentes.
Fungos: Designação comum aos organismos do reino Fungi, heterotróficos, espécies saprófagos ou parasitas, aclorofilados, uni ou pluricelulares, com parede celular de quitina, estrutura principalmente filamentosa e cuja nutrição se dá por absorção. Os exemplos mais conhecidos são os mofos e cogumelos.
H
Hemiparsitas: São os vegetais superiores, providos de capacidade fotossintética mas destituídos, provisória ou permanentemente , de raízes, pelo que retiram de outros fanerógamos a indispensável seiva bruta.
Heterocariose: Fenômeno observado em alguns fungos patogênicos, consiste na presença, no mesmo talo, de núcleos geneticamente distintos, ali estabelecidos, habitualmente, através de anastomose (união de hifas).
Hospedeiro: Que abriga e/ou nutre outro organismo, parasita ou não (diz-se de organismo).
I
Infestação: Presença maciça do patógeno em alguma parte, seja no solo, nos depósitos, nas plantas, etc., sendo que ,na planta, a infestação não implica obrigatoriamente, na incidência de doença.
Inoculação: Deposição do inóculo á superfície do órgão suscetível.
Inóculo: É qualquer unidade estrutural do patógeno capaz de causar infecção.
Intoxicação: Modalidade de colonização, onde muitos agentes patogênicos excretam metabólitos tóxicos que alteram as células e tecidos do hospedeiro, ora determinando efeitos necróticos, ora plásticos.
M
Mecânica: Processo de colonização de ação complementar, desenvolvida paralelamente, a ação exploradora, por força da localização de certos patógenos. Com efeito, desde que crescendo no interior dos vasos da planta, as colônias do parasita terminam entulhando os vasos, em prejuízo da circulação da seiva.
Mutação: Alteração repentina sofrida pelo genótipo, em razão das modificações ou perda de genes.
P
Parasita: É o individuo que vive as expensas de outro ser vivo.
Parasita específico: É o indivíduo que exerce o parasitismo sobre uma única espécie ou variedade de planta.
Parasita facultativo: É o indivíduo que normalmente se desenvolve como saprófita, mas que é capaz de passar parte ou todo o seu ciclo de vida como parasita. São facilmente cultivados em meio de cultura. Ex.:fungos como Rhizoctonia solani e Sclerotium rolfsii.
Parasita heteróico: É o individuo que têm de passar por dois hospedeiros distintos, a fim de completar o seu ciclo.
Parasita isóico: É o individuo que necessita de uma única planta hospedeira para desenvolver todo o seu ciclo evolutivo.
Parasita obrigatório ou holoparasita: É o indivíduo que vive exclusivamente as expensas de outro ser vivo, cuja a substância orgânica necessária à sua subsistência é retirada de células do hospedeiro. Ex. fungo das ferrugens e oídios.
Parasita polífago: É o individuo que exerce o parasitismo em mais de uma espécie de planta.
Parasitismo: Associação interespecífica que se processa com benefícios para uma das partes (o parasita), em detrimento da outra(o hospedeiro).
Parassexualidade: Fusão de núcleos heterocarióticos seguindo-se a isto os processos de meiose e cariogamia. Consiste na variabilidade genética dos agentes patogênicos.
Patogênese: É a fase em que o organismo está causando doença. O período em que o patógeno vive intimamente associado ao hospedeiro, firmando com o mesmo as relações que caracterizam o processo de infecção.
Patogenicidade: É a capacidade que um patógeno possui, de associar-se ao hospedeiro e uma causar doença.
Patógeno: É qualquer organismo capaz de causar doença infecciosa em plantas, ou seja, fungos, bactérias, vírus, viróides, nematóides e protozoários.
Penetração: É a fase que envolve todos os fenômenos biológicos que sucedem desde a deposição do inóculo na superfície do órgão suscetível até a implantação do patógeno no local da planta onde ele iniciará o processo de colonização dos tecidos.
Postulados de Koch: uma série de princípios destinados a provar, experimentalmente, a patogenicidade de um organismo. Os postulados de Koch podem ser assim anunciados: I. Associação; II. Isolamento; III. Inoculação e VI. Reisolamento.
I-O patógeno deve estar associado à enfermidade;
II- O microorganismo associado aos tecidos enfermos deve ser isolado, cultivado em meio de cultura e estudado;
III- Inocular o microorganismo então isolado em hospedeiro sadio da mesma espécie ou variedade, nas mesmas condições de meio, e verificar se há produção dos sintomas e sinais característicos da enfermidade em estudo;
IV-O microorganismo deve ser reisolado a partir da “cobaia”, novamente estabelecido em meio de cultura e identificado, por suas características morfológicas, com o organismo primitivamente isolado;
R
Raça fisiológica: Populações de uma espécie que não se diferenciam morfologicamente e sim fisiologicamente que são identificadas através de reações diferenciais em diferentes cultivares de uma mesma espécie botânica.
Reprodução do patógeno: Marca a última fase da infecção e, potencialmente o ponto de partida para novas infecções, na esteira dos novos ciclos do patógeno que se sucedem a partir das estruturas ali constituídas.
S
Saprófitas: São os seres que vivem de matéria orgânica em decomposição.
Saprogênese: É a etapa do ciclo de vida que transcorre em regime saprofítico, com o patógeno desenvolvendo-se ás expensas da matéria orgânica do solo, ás custas dos tecidos necrosados do hospedeiro ou em restos de cultura. Putrefação da matéria orgânica.
Semente: Estrutura formada a partir do óvulo fecundado das plantas angiospermas e gimnospermas e que geralmente consiste em um ou mais tegumentos que envolvem o embrião e o material nutritivo para o seu desenvolvimento em plântula; apresenta grande diversidade de forma e também de apêndices (Nas angiospermas, o tecido nutritivo (endosperma) pode envolver o embrião ou estar armazenado nos cotilédones do próprio embrião; nas gimnospermas, é o gametófito feminino que nutre o embrião).
Simbiose antagônica ou parasitismo: Beneficio para apenas uma das partes.
Simbiose mutualística ou mutualismo: É a associação entre seres vivos na qual ambos são beneficiados.
Simbiose neutra: É quando a associação é indiferente ou influente para ambas as partes.
Sintoma: Alterações estruturais ou funcionais sofridas pelo hospedeiro. Dentro do ciclo da doença, os sintomas representam uma fase avançada do processo dinâmico, fase em que o hospedeiro exibe a sua suscetibilidade em função da patogenicidade exibida pelo agente causal.
T
Teste de patogenicidade: É a confirmação ou não do agente causal da doença.
V
Virulência: É o grau de patogenicidade.
Referências
AYCOCH,R._ Stem rot and other diseases caused by Sclerotium rolfsii. North Caroline Exp. Sta. Tech. Bul., 174: 1-202.
GALLI,F> et al.-1968- Manual de Fitopatologia, doenças das plantas e seu controle Bibl. Agronômica Ceres, S. Paulo, 640pp.
LORDELLO, L.G. E.-1968-Nematóides das plantas cultivadas,Livraria Nobel S.A.,S.Paulo,141pp.
MARCHIONATTO, J. B.-1948- Tratado de Fitopatologia, Ediciones Libreria del Colegic, buenos Aires,537pp.
PERMETER Jr., J. R.,W. C. SNYDER & R. S. REICHLE-1963-Heterokaryosis and variability in plant pathogenic fungi. An. Review Phytopathology, 1 : 51-76.
VALIELA, M. V. F. -1952- Introduccin a la Fitopatogia Tallees Gráficos “Gadola”, Buenos Aires,872pp.
VASCONCELLOS, I &J. J. da PONTE-1963- Fitopatologia , apstilas, Escola de Agronomia da UFC, fortaleza , 355pp.
WHETZEL, H. H.-1941- Tehe terminology of Phytopathology. Proc. Int. Conf. Phytop., 1204-1215.
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