22/01/2010 - 20h50 matéria publicada no UOL CIÊNCIA E SAÚDE
Cientistas americanos conseguiram criar um “show de luzes” com bactérias, geneticamente modificadas para emitir brilho em sincronia.
No experimento, a equipe de estudiosos da Universidade da Califórnia em San Diego criou "relógios genéticos" sincronizados nas bactérias, programando-as para ligar e desligar uma proteína que brilha.
As ondas sincronizadas, ou oscilações, são importantes para os cientistas, pois elas controlas funções importantes no corpo humano, como o ciclo de sono, os processos de aprendizado e a liberação regular de substâncias no corpo, incluindo insulina.
Controladas, essas ondas de atividade poderiam ser usadas, no futuro, para criar sensores biológicos ou para programar células para liberarem doses periódicas de remédios.
O estudo foi publicado na revista Nature.
Veja vídeo com show de luzes” feito com bactérias
'Conversa de célula'
A mesma equipe de cientistas, liderada pelo pesquisador Jeff Hasty, conseguiu há um ano produzir células que "piscavam" e podiam ser ajustadas para alterar a periodicidade com que suas luzes acendiam e apagavam.
Mas, nesta última experiência, os cientistas conseguiram que as bactérias sincronizassem suas atividades enquanto a colônia crescia.
"Se você quer um sensor, e quiser usar a periodicidade das células ao ligar e desligar para sinalizar algo a respeito do ambiente, você precisa de um sinal sincronizado", afirmou Hasty.
Para conseguir este sinal, o cientista e sua equipe incorporaram dois genes nas bactérias.
Um dos genes produziu o que ele descreveu como "um sistema de resposta negativa". Este foi o componente crucial que estimulou as oscilações nas células, ligando e desligando a proteína que brilha.
O outro gene produziu um elemento químico que se moveu entre as bactérias, permitindo que elas conversassem e comunicassem umas às outras a taxa de oscilação.
O professor Martin Fussenegger, cientista da Universidade EHT de Ciência e Tecnologia de Zurique, na Suíça, afirmou que esta foi a "primeira vez que dispositivos de tempo em células diferentes foram sincronizados".
"É um feito incrível. Mas o verdadeiro avanço (será quando) pudermos fazer isso com células de mamíferos, e esta pesquisa estabeleceu a base para isto", acrescentou o cientista, que não participou do estudo, à BBC
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http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/bbc/2010/01/22/cientistas-criam-show-de-luz-com-bacterias-modificadas.jhtm
Fitopatologia (Phyton = planta, Pathos = doença e Logos = estudo) e indica a ciência que estuda as doenças das plantas.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
PESQUISA ENCONTRA CONTAMINAÇÃO EM ÔNIBUS DE SÃO PAULO
07/11/2008 10h12
Quem anda de ônibus em São Paulo tem um ótimo motivo para lavar as mãos logo depois. Pesquisadores da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo coletaram 120 amostras em balaústres de 40 ônibus da cidade e descobriram que todas estavam contaminadas com microorganismos. O estudo foi publicado em outubro na revista "Arquivos Médicos", editada pela instituição.
Apesar de não causarem danos maiores a pessoas que têm a imunidade conservada, os microorganismos encontrados podem provocar infecções em quem tem resistência mais baixa, como idosos, bebês, pessoas que passaram por um transplante ou que tomam remédios imunossupressores -que baixam as defesas do organismo. As infecções podem ir de simples dermatites ou abcessos na mão a pneumonias, dependendo do grau de resistência.
Segundo Lycia Mimica, presidente da comissão de controle de infecção hospitalar da Santa Casa e professora de microbiologia da Faculdade de Ciências Médicas da instituição, o resultado era esperado.
"O pessoal vem com a mão suja e passa essas bactérias para o ônibus ao segurar nele. O próximo que chega, então, pega no mesmo local e se contamina", explica. Ela diz que o mesmo processo provavelmente ocorre em trens, táxis e outros veículos de transporte público.
Segundo Mimica, o problema do ciclo de contaminação seria minimizado com uma medida corriqueira: lavar as mãos. "O risco passa a ser praticamente zero. Mas as pessoas não têm esse costume. Andam por aí, tocam mil superfícies diferentes, mas só lavam as mãos quando saem do banheiro."
Ela diz que não se trata de falta de higiene das empresas de ônibus. "O fluxo de passageiros entre uma viagem e outra é muito grande, não haveria jeito de a empresa controlar. O passageiro é que tem que tomar cuidado mesmo."
Apesar de a maioria dos microorganismos encontrados não ser dos mais patogênicos nem apresentar grande resistência a antibióticos, Mimica diz que nada impede que uma pessoa com doenças como pneumonia ou diarréia transmita microorganismos mais danosos da mesma forma. E uma das amostras da pesquisa continha uma bactéria mais perigosa, o MRSA (um tipo de estafilococo), até recentemente restrito a hospitais. Mas trabalhos atuais vêm relatando sua presença na comunidade.
Atualmente, o grupo de Mimica pesquisa visitantes de pacientes internados na UTI e detectou a presença da bactéria nas mãos dessas pessoas no momento em que saem do hospital. "O familiar toca ou abraça o paciente e esquece de lavar a mão quando sai. Com isso, acaba transportando a bactéria para fora do hospital."
Para Jacyr Pasternak, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, o grande problema em ambientes com muita aglomeração de gente, como os ônibus, é a transmissão de doenças pelo ar, como gripe, tuberculose e rotavírus. "Se a pessoa tosse perto de você, pode transmitir a doença. E não há muito o que fazer nesse caso, já que ninguém vai ficar andando de máscara por aí", diz.
Ele lembra, no entanto, que não há que se alarmar por cada bactéria que aparece, pois muitas vivem pacificamente no nosso organismo. "Vivemos num mundo de micróbios. Para cada célula humana, há mil células bacterianas que coexistem no nosso organismo. Isso é inevitável", afirma.
Fonte: Folha de São Paulo
http://www.sbinfecto.org.br/default.asp?site_Acao=MostraPagina&paginaId=134&mNoti_Acao=mostraNoticia¬iciaId=2909
Quem anda de ônibus em São Paulo tem um ótimo motivo para lavar as mãos logo depois. Pesquisadores da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo coletaram 120 amostras em balaústres de 40 ônibus da cidade e descobriram que todas estavam contaminadas com microorganismos. O estudo foi publicado em outubro na revista "Arquivos Médicos", editada pela instituição.
Apesar de não causarem danos maiores a pessoas que têm a imunidade conservada, os microorganismos encontrados podem provocar infecções em quem tem resistência mais baixa, como idosos, bebês, pessoas que passaram por um transplante ou que tomam remédios imunossupressores -que baixam as defesas do organismo. As infecções podem ir de simples dermatites ou abcessos na mão a pneumonias, dependendo do grau de resistência.
Segundo Lycia Mimica, presidente da comissão de controle de infecção hospitalar da Santa Casa e professora de microbiologia da Faculdade de Ciências Médicas da instituição, o resultado era esperado.
"O pessoal vem com a mão suja e passa essas bactérias para o ônibus ao segurar nele. O próximo que chega, então, pega no mesmo local e se contamina", explica. Ela diz que o mesmo processo provavelmente ocorre em trens, táxis e outros veículos de transporte público.
Segundo Mimica, o problema do ciclo de contaminação seria minimizado com uma medida corriqueira: lavar as mãos. "O risco passa a ser praticamente zero. Mas as pessoas não têm esse costume. Andam por aí, tocam mil superfícies diferentes, mas só lavam as mãos quando saem do banheiro."
Ela diz que não se trata de falta de higiene das empresas de ônibus. "O fluxo de passageiros entre uma viagem e outra é muito grande, não haveria jeito de a empresa controlar. O passageiro é que tem que tomar cuidado mesmo."
Apesar de a maioria dos microorganismos encontrados não ser dos mais patogênicos nem apresentar grande resistência a antibióticos, Mimica diz que nada impede que uma pessoa com doenças como pneumonia ou diarréia transmita microorganismos mais danosos da mesma forma. E uma das amostras da pesquisa continha uma bactéria mais perigosa, o MRSA (um tipo de estafilococo), até recentemente restrito a hospitais. Mas trabalhos atuais vêm relatando sua presença na comunidade.
Atualmente, o grupo de Mimica pesquisa visitantes de pacientes internados na UTI e detectou a presença da bactéria nas mãos dessas pessoas no momento em que saem do hospital. "O familiar toca ou abraça o paciente e esquece de lavar a mão quando sai. Com isso, acaba transportando a bactéria para fora do hospital."
Para Jacyr Pasternak, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, o grande problema em ambientes com muita aglomeração de gente, como os ônibus, é a transmissão de doenças pelo ar, como gripe, tuberculose e rotavírus. "Se a pessoa tosse perto de você, pode transmitir a doença. E não há muito o que fazer nesse caso, já que ninguém vai ficar andando de máscara por aí", diz.
Ele lembra, no entanto, que não há que se alarmar por cada bactéria que aparece, pois muitas vivem pacificamente no nosso organismo. "Vivemos num mundo de micróbios. Para cada célula humana, há mil células bacterianas que coexistem no nosso organismo. Isso é inevitável", afirma.
Fonte: Folha de São Paulo
http://www.sbinfecto.org.br/default.asp?site_Acao=MostraPagina&paginaId=134&mNoti_Acao=mostraNoticia¬iciaId=2909
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