quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Aula prática de campo em Missão Velha

Os discentes do sexto semestre do curso de Agronomia da Universidade Federal do Ceará, Campus do Cariri, tiveram na manhã do dia 12 de dezembro de 2012, aula prática das disciplinas de Horticultura, Fitopatologia II e Administração Rural no município de Missão Velha.

Tendo como assunto principal o cultivo de hortaliças no sistema mandala, a interdisciplinaridade foi posta em prática, sob a supervisão dos professores Cláudia Marco, Fabiano e Joaquim Torres, com o técnico agrícola Marcos da Ematerce como responsável pelo local visitado.


Na agricultura convencional, as práticas de campo são focadas única e exclusivamente para se obter a produtividade a qualquer custo e desse modo direcionam-se para o efeito do desequilíbrio ecológico existente. Este desequilíbrio gera a reprodução exagerada de insetos, fungos, ácaros e bactérias, que acabam se tornando "pragas e doenças" das lavouras e das criações de animais. Aplicam-se agrotóxicos nas culturas, injetam-se antibióticos e outros remédios nos animais buscando exterminar esses organismos. Contudo, o desequilíbrio quer seja no metabolismo de plantas e animais, quer seja na constituição físico-química e biológica do solo permanece. E permanecendo a causa, os efeitos (pragas e doenças) cedo ou tarde reaparecerão, exigindo maiores freqüências de aplicação ou maiores doses de agrotóxicos num verdadeiro "círculo vicioso” (Altieri, 2000).

Kuri (2004) ressalta, que para se pensar em um ensino transformador, que realmente permita a reconstrução de um conhecimento por parte principalmente dos alunos, é necessário também tomar ciência de aspectos não explícitos, ou seja, que estão inseridos dentro do processo de ensino-aprendizagem. Isso, naturalmente, remete à consideração de como se encara o aluno – quais seus interesses, necessidades e estilo particular de aprender. Deve-se reconhecer que os estudantes são diferentes, cada qual com sua própria maneira de receber e processar as informações, resolver problemas e expor idéias, ou seja, cada um tem seu próprio estilo de aprendizagem.

ALTIERI, M. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. 2ª ed., Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, 2000. 110p.




KURI, N. P. (2004) Tipos de personalidade e estilos de aprendizagem: proposições para o ensino de engenharia. Tese (Doutorado). Universidade Federal de São Carlos, Centro de Ciências Exatas e Tecnologia