terça-feira, 26 de janeiro de 2010

CONTROLE CULTURAL




• O controle de uma fitomoléstia, na maioria das vezes ocorre com a aplicação de defensivos agrícolas. Dado ao imediatismo que muitas vezes requer a situação, principalmente tendo em vista a falta de planejamento do manejo das doenças que poderiam ocorrer no plantio faz-se uso do combate a conseqüência em detrimento da causa. Um processo de planejamento de condições de pré-plantio e durante o desenvolvimento da planta em detrimento ao agente causal de um fitomoléstia, leva a se antecipar aos fatos tendo como objetivo maior a prevenção ou a interceptação da epidemia por outros meios que não sejam a resistência genética e o uso de pesticidas.
• Todo o trabalho é realizado no sentido de se buscar diminuir o possível contato entre a planta suscetível e o agente causal, através do inóculo viável de maneira a reduzir a taxa de infecção e o subseqüente progresso da doença.
• A aplicação do controle cultural se baseia no fato de que o objetivo é se antecipar-se a qualquer fitomoléstia que venha ocorrer, ou seja, procurar monitorar o ambiente e buscar alternativas como:
a) supressão do aumento e/ou a destruição do inóculo existente;
b) escape das culturas ao ataque potencial do patógeno;
c) regulação do crescimento da planta direcionado a menor suscetibilidade
É fundamental conhecer bem o ambiente, os patógenos que ocorrem na região, bem como conhecer os cultivos do entorno, ou seja, a vizinhança.
• Utilizar rotação de cultura
• uso de material propagativo sadio
• eliminação de plantas vivas doentes ("roguing")
• eliminação ou queima de restos de cultura
• incorporação de matéria orgânica no solo
• preparo do solo (aração)
• fertilização (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio)
• irrigação;
• densidade de plantio;
• épocas de plantio e colheita;
• enxertia e poda;
• barreiras físicas e meios óticos para controle de vírus.
Toda atenção deve ser dada, que o somatório de todas medidas de controle cultural com outras medidas de controle, devem compor um sistema mais compacto de manejo de doenças de plantas.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Deu no G1.globo.com: Pesquisa mapeia como bactéria resistente se espalhou pelo mundo


Round, colônias cremosas de Acidovorax avenae subsp. citrulli (Courtesy R. Walcott)


Pode um surto de infecções por Staphylococcus aureus em um hospital de Londres estar relacionado com uma cepa da bactéria vinda do sudeste asiático? De acordo com uma pesquisa, publicada pela revista “Science”, sim.

Utilizando uma nova técnica de análise de sequências do DNA, pesquisadores britânicos mapearam pela primeira vez como a bactéria resistente a antibióticos, conhecida como MRSA, se espalhou pelo mundo nas últimas décadas.
Mais de 30% das pessoas sadias carregam a bactéria Staphylococcus aureus (suscetível à meticilina) na pele e nas fossas nasais”, disse ao G1, Sharon Peacock, do Departamento de Medicine da Universidade de Cambridge e da Universidade Mahidol, na Tailândia, um dos autores do estudo.

“A MRSA é uma variante da bactéria, resistente à meticilina, é carregada pelas pessoas da mesma forma, porém em menor quantidade. Se um indivíduo colonizado pela bactéria viaja de um local para outro, isso dá a oportunidade dela se disseminar de uma pessoa para outra”, explicou Peacock
A maioria das infecções por MRSA ocorre em hospitais e serviços de saúde e podem ser fatais. Os métodos atuais de comparação das cepas da bactéria coletadas dos pacientes não dá informações suficientes para definir precisamente a relação entre elas. O método desenvolvido pelos pesquisadores mapeia os genes de diferentes cepas de MRSA em pontos com poucas variações nas letras da sequência de DNA.
Leia mais em: WWW.g1.globo.com ciência e saúde / biologia

22/01/10 - 06h30 - Atualizado em 22/01/10 - 09h18

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Fitopatologia: Ensino em uma visão holística


O ensino da Fitopatologia requer conhecimentos de várias outras disciplinas, as quais constituem pré-requisito para que o aluno possa se matricular na disciplina que ensina o manejo das doenças de plantas.

Não obstante tal situação, foi-se o tempo em que decorar nome de agentes causais de doenças de plantas era fator fundamental no processo de aprendizagem. Em contrapartida, os conhecimentos gerados pela Biologia, Botânica, Fisiologia Vegetal e outras disciplinas, essenciais para o aprendizado da Fitopatologia, não recebiam a ênfase necessária no contexto do processo de ensino e aprendizagem.

Isso posto, convém ressaltar que, o professor no momento em que aborda um determinado tema, como por exemplo: "ambiente e doenças de plantas", deve estimular o aluno a pensar de modo transdisciplinar (entre e dentro), deixando de lado o disciplinar e além disso adicionar boa dose de uma visão holística.

Combater e/ou manejar a causa em detrimento da consequência é o "X" da questão. Veja por exemplo a incidência do fungo Colletotrichum gloeosporioides no maracujazeiro. Normalmente a incidência se dá em condições ambientais de temperaturas altas durante o dia com a presença de chuva ou orvalho durante a noite (causas ambientais) e devido a plantas que estão nutricionalmente frágeis. Examinando-se a causa,medidas de manejo integrado tornam o controle mais eficiente do que simplesmente recomendar a aplicação de um produto "A" ou "B".