quinta-feira, 7 de novembro de 2013

ASPECTOS SOBRE ECOLOGIA DOS VÍRUS (parte II)



·        ASPECTOS SOBRE ECOLOGIA DOS VÍRUS (parte II)

·         A dispersão dos vírus a longa distância pode ter no homem um excelente disseminador através do movimento e comercialização de plantas, sementes, raízes, túberas. Um exemplo disso é a transmissão por semente do Lettuce mosaic vírus e do Tobacco mosaic vírus através do cigarro de palha.

·         No que diz respeito aos vetores aéreos, os afídeos apresentam grande importância, podendo a dispersão se dá em até 100km. Os insetos que apresentam aparelho bucal tipo sugador são os vetores mais comuns.
Esses insetos adquirem os vírus ao se alimentarem em plantas infectadas, introduzindo os estiletes disseminando o vírus na picada de prova  ou picada de alimentação.
·         Cigarrinhas também possuem grande eficiência dada a sua facilidade de locomoção a grandes distâncias veiculadas principalmente pela ação do vento.

·         As práticas culturais apresentam grande importância, pois caso sejam feitas sem segurança no tocante a disseminação de vírus, tornam-se um problema para o agricultor.  Vejamos por exemplo o caso do geminivírus do tomateiro na Serra da Ibiapaba: a população da mosca branca é menor no período chuvoso, consequentemente a incidência de GV no tomateiro se torna maior na época seca.

·         A rotação cultural é uma prática salutar e que deve ser adotada para o bem do manejo de solo, água e planta dentro de uma visão mais holística. O tipo de rotação cultural tem efeito marcante na incidência de viroses que podem sobreviver em sementes ou em plantas voluntárias.

·         A utilização de barreiras vivas é uma prática salutar, pois o vírus sendo oriundo de fora do plantio, o adensamento em forma compacta pode reduzir a infecção. A utilização do milho como barreira viva na proteção de um plantio de tomateiro oferece sempre bons resultados ao agricultor.

·         O cultivo protegido é uma solução para áreas onde a incidência de virose é um problema, pois a proteção que é dada, principalmente contra afídeos e mosca branca, por si só já se torna um impedimento para entrada do vírus. Outro detalhe é que, visitas realizadas às estufas por pessoas estranhas a propriedade devem se limitar até 8h da manhã, pois isto dificulta passagem de pessoas por outra propriedade antes de visitar o cultivo protegido.

·         Sementeiras que não são protegidas constituem ameaça como fonte de vírus, daí porque hoje em dia a preferência é por produção de mudas em cultivo protegido.

·         Todo cuidado deve ser dado a prática de enxertia no que diz respeito a infecção da planta hospedeira por vírus, bem como na introdução de vírus em espécies que nunca antes foram infectadas.

·         A monocultura na Fitopatologia de um modo geral não é muito recomendada e por falta de uma diversidade de culturas a probabilidade de ocorrência de epidemias causadas por vírus se torna bem maior.

·         Com relação aos fatores físicos chama a atenção o vento. A utilização de quebra-vento pode afetar o local de incidência dos vetores de vírus bem como o complexo de infecção viral. Na medida que os vetores são dispersados pelas correntes de vento, com ele são disseminados os vírus.

·         No que diz respeito às chuvas, observamos que em determinadas situações a ocorrência de chuvas contribui para diminuir população de insetos vetores como por exemplo: o caso da mosca branca, cuja população diminui significativamente com o aumento das chuvas.

·         Sobre o solo, temos que solos bem aerados podem contribuir para inativar o vírus quando comparados a solos compactados.

·         A sobrevivência dos vírus em caráter sazonal pode ocorrer no mesmo hospedeiro ou em sementes quando for o caso; O vírus do mosaico do fumo pode sobreviver no solo, de modo idêntico as viroses transmitidas por esporos de fungos. As práticas agrícolas quando conduzidas sem uma preocupação quanto a sobrevivência dos vírus, contribui para manutenção do potencial de inóculo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário