quinta-feira, 7 de maio de 2009

ASPECTOS DA ECOLOGIA DE VÍRUS VEGETAIS




Os vírus necessitam de algumas exigências para sobreviverem. A primeira delas diz respeito a presença de uma ou mais plantas hospedeiras. Depois, é necessário um meio para sua transmissão e a presença de hospedeiros sadios para a pronta infecção.
Sabemos que os vírus apresentam estabilidade física dentro do hospedeiro, principalmente quando se encontram em grandes concentrações. Um exemplo disso é o Vírus do Mosaico do Fumo TMV que sobrevive no solo por muito tempo, como também o faz no cigarro de palha que o trabalhador rural gosta de consumir.
No que diz respeito a taxa de movimentação dos vírus e distribuição na planta, temos que os vírus que se movem mais rapidamente, possuem chances maiores de sobrevivência. Vírus que se locomovem dentro da semente e lá sobrevivem possuem uma grande vantagem quanto à sua sobrevivência e transmissão.
Os vírus que consomem o hospedeiro mais rapidamente, se tornam menos aptos a sobreviver do que aqueles que causam doenças com severidade moderada, a qual permite a sobrevivência e reprodução da espécie.
Vírus que possuem uma pequena gama de hospedeiros podem sobreviver principalmente na presença de hospedeiros perenes, ou em função de propagação vegetativa do hospedeiro, ou ainda da capacidade que possui de ser transmitido pela semente.
A dispersão dos vírus vegetais assume uma importância muito grande em um sistema de manejo integrado de doenças de plantas. Os afídeos, por exemplo, são de grande importância nesse contexto e muita atenção deve ser dada a presença dos mesmos tanto na área de plantio, como nas áreas adjacentes. A disseminação dos vírus por vetores do ar depende da origem da fonte de inoculo, do próprio potencial de inoculo, e nesse aspecto a mosca branca biótipo B Bemisia argentifolii, representa um vetor altamente importante na transmissão de geminivírus em plantios de solanáceas, de modo que tanto em plantios escalonados como em plantios perto de fonte de inóculo, o controle da doença torna-se quase impossível.
A dispersão depende também da natureza e do hábito do vetor. Se o vetor é não persistente, semipersistente ou persistente, bem como do tempo que o vetor se torna ativo. A transmissão por semente não deixa de ter sua importância para o hospedeiro, principalmente quando se trata de uma cultura anual, como também para nematóides, mesmo com a locomoção destes sendo efetuada lentamente.
No que concerne a dispersão realizada a longas distâncias, o homem exerce um ponto crucial quanto a ocorrências de viroses. Plantas, sementes, raízes, túberas, ferramentas, etc. O TMV é transmitido pelo homem no momento em que o cigarro de palha é usado dentro do plantio.
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