quinta-feira, 29 de outubro de 2009

GRUPO DE FITOPATOLOGIA: PALESTRA SOBRE DESTINAÇÃO FINAL DE EMBALAGEM DE AGROTÓXICOS




O Grupo de Fitopatologia, constituido por discentes do Curso de Agronomia da UFC Campus Cariri, recebeu nesta quinta-feira (29/10/2009) o Engenheiro Agrônomo Carlos Diógenes Lucena Fernandes que proferiu uma palestra sobre Embalagens vazias de Agrotóxicos.

Carlos falou sobre a tríplice lavagem e lavagem sob pressão, sobre a atuação da ADAGRI na região do Cariri e ainda do projeto de implantação em Missão Velha de uma Unidade de Recebimento de Embalagens.

Foram temas ainda apresentados durante a palestra as embalagens flexíveis e embalagens rígidas, processo de devolução e onde devolver as embalagens.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PATÓGENOS BACTERIANOS DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA NO BRASIL


Extrato do trabalho DOENÇAS BACTERIANAS EM TOMATEIRO: ETIOLOGIA E CONTROLE de autoria de: Valdemar Atílio Malavolta Junior
Instituto Agronômico
Av. Barão de Itapura, 1481
Caixa Postal 28, CEP 13001-970
Campinas, SP
malavolt@iac.sp.gov.br

1) Ralstonia solanacearum
Agente causal da murcha bacteriana, tratando-se da bacteriose mais importante do tomateiro. É uma bactéria sistêmica, e seus efeitos são decorrentes da ação mecânica, resultando em “entupimento” dos vasos ou por ação de metabólitos lançados na seiva. Os sintomas iniciais caracterizam-se por escurecimento da região vascular, mais visível na região próxima ao colo, murcha de folíolos e epinastia foliar, podendo haver recuperação das plantas nas horas mais frescas do dia. Com a progressão da doença, esse quadro de murcha afeta a planta toda, podendo ocorrer a morte da planta infectada. Como método de diagnose rápida, podem ser empregados o teste do copo (onde pedaços do córtex de plantas suspeitas são colocadas na parede de um copo com água, de modo que apenas a extremidade inferior toque água. Se a planta estiver infectada, em poucos minutos será observado um filete de pus bacteriano em direção ao fundo do copo). Outro teste rápido consiste no emprego da
câmara superúmida, que consiste em colocar planta com raízes em um recipiente com água, cortar o caule a 10 cm do colo,aproximadamente, e cobrir o caule com um tubo de ensaio, de maneira que esse tubo fique pelo menos parcialmente imerso na água. Em alguns minutos, se a planta estiver infectada, surgirão gota de pus bacteriano, na região do corte.

2) Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis
Essa bactéria pode infectar o tomateiro sistemicamente, ocorrendo escurecimento dos vasos, podendo ser acompanhado de desintegração da medula. Cortes transversais, na região da inserção do pecíolo, mostram um escurecimento em forma de “U” ou ferradura. Quando ocorre infecção unilateral dos vasos, há o retorcimento dos ramos. Outros sintomas característicos são a queima de bordo de folíolos (decorrentes de infecção por hidatódios) e acanoamento das folhas. Frutos podem apresentar
amarelecimento na região dos vasos e inserção do pedúnculo ou decomposição da polpa. A infecção localizada em frutos consiste em manchas escuras, com 1 a 3 mm de diâmetro, com halo esbranquiçado ao redor, que recebe a denominação de “olho de pássaro”. Em estágios avançados, pode ocorrer queda de frutos ou morte das plantas.
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imagem disponível em: - www.jornallivre.com.br/images_enviadas/tudo-s...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Sequenciado genoma da bactéria produtora de etanol

Processo de fermentação
Cientistas do Instituto de Biologia (IB) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com colegas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, concluíram o sequenciamento genético da levedura Saccharomyces cerevisiae, conhecida como Pedra 2.
A levedura é utilizada em cerca de 30% da produção do etanol brasileiro. Enquanto a Saccharomyces cerevisiae consome o açúcar, ela se multiplica, formando outras células, ao mesmo tempo que libera gás carbônico (CO2) e o etanol, um álcool. Esse processo é conhecido como fermentação.
Guerra biológica e química
O estudo, que foi publicado na revista Genome Research do mês de outubro, abre novas perspectivas para a produção de etanol no país, de acordo com seus autores. Com o mapeamento do genoma da levedura, os pesquisadores conseguiram decifrar o mecanismo de ação do microrganismo.
Segundo um dos autores do artigo, Gonçalo Pereira, a Pedra 2 tem uma capacidade impressionante de se modificar e se adaptar às condições adversas durante o processo de fermentação.
"Essa levedura, como organismo experimental, é muita estudada. Mas pouca pesquisa foi feita em relação à produção de etanol nas condições da usina. O que acontece no processo produtivo é uma verdadeira guerra biológica e química. E esse fenômeno foi descoberto, relativamente, há pouco tempo", disse Pereira.
Trabalhos genéticos
Segundo o professor da Unicamp, essas leveduras foram selecionadas para "trabalhar" nas indústrias de cana-de-açúcar porque se adaptam com facilidade. O estudo procurou "entender como é que elas funcionavam."
"Além do sequenciamento, fizemos uma série de trabalhos genéticos e compreendemos que essa levedura tem uma capacidade enorme de competir e se reorganizar dentro da guerra biológica que ocorre durante o processo de produção de etanol", explica.
O grupo identificou diferenças em relação aos organismos dessa espécie ao estudar o genoma da levedura. Segundo Pereira, a Saccharomyces cerevisiae apresenta uma grande variabilidade e capacidade de resistir às mudanças ambientais e a outros tipos de estresse.
"Para sobreviver, essa levedura desenvolve uma capacidade impressionante de promover mudanças internas que a tornaram mais resistente a condições adversas", reforça.
Arsenal genético
O estudo aponta que a levedura desenvolveu a "competência" de ampliar o número de genes que lhe são benéficos, ao mesmo tempo em que reduz a quantidade dos que não são. Segundo Gonçalo Pereira a levedura contraria tudo o que se pode esperar de um processo de fermentação microbiológica.
"Ela reorganiza os genes de tal forma e com tal velocidade que, se ela possui um gene especialmente importante, consegue ampliá-lo várias vezes. E descobrimos que ela faz isso com os genes localizados na ponta dos cromossomos, estabelecendo uma série de variantes. Ela é capaz de se transformar completamente", disse.
Segundo o pesquisador, a pesquisa prossegue tentando entender em detalhes como esse mecanismo de transformação ocorre. Ao compreendê-lo profundamente, diz, "teremos condições de empregar a engenharia genética para manipular a levedura."
"Estamos vivendo no Brasil uma verdadeira revolução do ponto de vista tecnológico. Nosso objetivo é domesticar esse microrganismo e reprogramá-lo de forma eficiente para produzir mais etanol ou etileno, a partir da cana-de-açúcar", diz.

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Matéria no portal: http://www.portalinovacao.mct.gov.br/pi/

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O nematóide Meloidogyne mayaguensis


O assentamento Estrela no município de Barbalha, Estado do Ceará se constitui em um grande produtor de goiabas. Para realizar o plantio, a associação dos assentados contraiu financiamento bancário do Pronaf. As mudas, segundo consta, oriundas de Petrolina - Pe, foram plantadas e hoje o que se vê é a ocorrência na área plantada de forma generalizada do nematóide do gênero Meloidogyne mayaguensis.

Plantas com sintomas de bronzeamento das bordas das folhas, amarelecimento, perda do vigor da copa, queda de folhas, seca e morte, além de galhas nas raízes (hipertrofia), é o quadro sintomatológico encontrado. A infestação por M. mayaguensis requer uma atitude imediata daqueles que fazem o serviço de assistência técnica aos assentados.

1. O solo está contaminado e como medida única a ser recomendada está a erradicação das plantas através da queima, se possível na própria cova;

2. Fazer aração e gradagem profunda deixando por dois meses a terra exposta aos raios solares;

3. Não fazer replantio com outras mudas de goiaba;

4. Realizar plantio de cravo de defunto e/ou Crotalaria spectabilis;

O grande problema que ocorre é que nenhuma medida foi tomada e cada vez mais o nematóide vai se disseminando pela região.

Todo e qualquer processo de compra, transporte de mudas e/ou sementes deve ser rigorosamente inspecionado pelas agências de defesa agropecuárias de cada estado no sentido de procurar ser o mais rigoroso no tocante a inspeção de material que entra e/ou sai de cada estado.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Gripe contra doença de Chagas? Cientistas criam vírus da influenza modificado que pode originar vacina contra essas duas enfermidades

Notícia sugerida por Júlio



Trypanosoma cruzi, protozoário causador da doença de Chagas. Uma vacina para a doença de Chagas capaz de imunizar os pacientes também contra a gripe. O primeiro passo para a concretização desse objetivo ambicioso acaba de ser dado por cientistas brasileiros. Eles construíram um vírus da influenza modificado que traz em seu material genético um gene do Trypanosoma cruzi, protozoário causador da doença de Chagas. A expectativa é que, quando expostos ao novo vírus, animais – e futuramente, humanos – apresentem resposta imunológica contra as duas doenças, ficando protegidos da infecção por ambas. O feito é fruto da pesquisa de mestrado em bioquímica e imunologia de Rafael Polidoro, bolsista do Departamento de Bioquímica e Imunologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sob orientação do bioquímico Ricardo Tostes Gazzinelli e do microbiologista Alexandre Vieira Machado, ambos do Centro de Pesquisa René Rachou, da Fundação Oswaldo Cruz de Minas Gerais. Polidoro conta que foi preciso um ano de trabalho até que o vírus modificado estivesse pronto. “Usamos uma técnica conhecida como genética reversa para inserir um gene do T. cruzi no vírus da gripe”, explica. “Com isso, construímos um vírus capaz de induzir as células infectadas a produzirem uma proteína, a ASP-2, que protege contra a infecção pelo protozoário”, completa. Agora os pesquisadores estão realizando testes com camundongos para saber o grau de imunização obtido com a exposição ao novo vírus. “Acabamos de administrar o vírus nos animais. Em pouco tempo daremos a dose de reforço, do mesmo modo como é feito na vacinação em humanos. Só então poderemos submeter os camundongos ao chamado teste desafio, no qual eles serão expostos ao protozoário que causa a doença de Chagas.” Além de ser um passo rumo à descoberta de uma vacina contra a doença de Chagas – que atualmente mata cerca de 16 mil pessoas por ano no mundo –, o vírus criado por Polidoro foi patenteado e poderá ser usado, por exemplo, para o desenvolvimento de vacinas que protejam contra mais de um tipo de gripe. Mariana Ferraz Ciência Hoje/RJ

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Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/153895

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sigatoka Amarela



Doença de grande importância na cultura da bananeira. Conhecida como cercosporiose ou mal-de-Sigatoka.


Agente causal
Mycosphaerella musicola, Leach (forma perfeita ou sexuada)/Pseudocercospora musae (Zimm) Deighton (forma imperfeita ou assexuada).


Sintomas

A infecção inicia-se nas folhas mais novas como pequenas estrias cloróticas com 2 a 4 mm de comprimento na terceira ou quarta folha a partir do centro. Presença de leve descoloração em forma de ponto secundárias da segunda à quarta folha, contando-se a partir da vela, estria de tonalidade amarela, de coloração marrom e posteriormente na forma de manchas pretas, necróticas, circundadas por um halo amarelo, adquirindo a forma elíptica-alongada, apresentando de 12-15 mm de comprimento por 2-5 mm de largura, que situa-se paralelamente às nervuras secundárias da folha. Em alta freqüência de lesões, dá-se a junção das mesmas e a conseqüente necrose do tecido foliar.


Danos e distúrbios fisiológicos
Os prejuízos podem variar de 50% - 100% da produção mas, em microclimas muito favoráveis, podem atingir os 100%, os frutos não apresentam valor comercial.
• morte precoce das folhas

• enfraquecimento da planta,
Distúrbios observados :
• diminuição do número de pencas por cacho;
•redução do tamanho dos frutos;
•maturação precoce dos frutos no campo e/ou durante o transporte;
•enfraquecimento do rizoma e; perfilhamento lento.


Controle:

Variedades resistentes;

Controle cultural no sentido de reduzir microclimas favoráveis ao desenvolvimento da doença. Drenagem do solo, controle de ervas daninhas, poda de limpeza eliminando folhas ou partes mais atacadas da folha, com o intuito de reduzir a fonte de inóculo.
O controle químico com o uso de óleo para “banana” é uma medida que pode gerar bons resultados.