terça-feira, 18 de maio de 2010

Agrotóxico e o uso indiscriminado



Reportagem do jornal Diário do Nordeste do dia 15 de maio de 2010 aborda a questão do estudo realizado pela ANVISA e menciona que: "O cearense está consumindo alimento com excesso de resíduos de agrotóxicos. De 135 coletas realizadas em pequenos e grandes supermercados da Grande Fortaleza, em somente três delas os índices foram considerados dentro do limite permitido".

Essa é uma questão muito antiga, pois o uso de agroquímicos é uma medida integrante do manejo integrado de doenças e pragas, ou seja, é um recurso adicional para utilização pelos produtores.

Várias são as maneiras para se prevenir de ataques de pragas e doenças em plantas cultivadas. Contínuo a crer que, pela experiência que tenho, a aplicação de medidas de manejo integrado para o controle de pragas e doenças, deve ter uma visão holística do técnico responsável pelo gerenciamento de campo e focar na causa do problema e nunca na consequência.

Plantas oriundas de sementes e mudas certificadas, cultivadas com boa nutrição orgânica e suplementação de adubos químicos, com sistema de irrigação bem dimensionado, acrescido de boas práticas de manejo cultural, podem até sofrer com ataques de pragas e doenças, mas para isso existe um limite de dano econômico que deve ser o balizador para a utilização ou não de agroquímicos.

Os problemas oriundos de resíduos químicos, da má aplicação, da falta de respeito ao período de carência, mistura de produtos, aplicação em excesso entre outros, são os responsáveis pelo insucesso no uso desses produtos.

É bom olhar para os consumidores, pois são eles vítimas e ao mesmo tempo os maiores demandadores por produtos de melhor qualidade.

Finalmente, a matéria induz a uma reflexão de todos que lidam direta e indiretamente com esses produtos.

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