terça-feira, 26 de novembro de 2013

PERIGO Operação faz 110 autuações por uso de agrotóxicos

Operação integrada fiscalizou as regiões de Acaraú, Marco e Bela Cruz; falta de informação é problema

Devido à falta de informações técnicas, os pequenos agricultores das regiões de Acaraú, Marco e Bela Cruz têm colocado suas vidas e a dos consumidores em perigo ao manusear e utilizar os agrotóxicos. Foi o que constatou o resultado da Operação Mata Fresca III, coordenada pelo Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), cuja fiscalização envolve o descarte de embalagem e uso inadequado de agrotóxicos. Somente naquela região, os órgãos envolvidos na operação integrada aplicaram 110 autuações em comércios e propriedades rurais.

Leia mais em:http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1342564

O que vocês acham? Opinem!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

ASPECTOS SOBRE ECOLOGIA DOS VÍRUS (parte II)



·        ASPECTOS SOBRE ECOLOGIA DOS VÍRUS (parte II)

·         A dispersão dos vírus a longa distância pode ter no homem um excelente disseminador através do movimento e comercialização de plantas, sementes, raízes, túberas. Um exemplo disso é a transmissão por semente do Lettuce mosaic vírus e do Tobacco mosaic vírus através do cigarro de palha.

·         No que diz respeito aos vetores aéreos, os afídeos apresentam grande importância, podendo a dispersão se dá em até 100km. Os insetos que apresentam aparelho bucal tipo sugador são os vetores mais comuns.
Esses insetos adquirem os vírus ao se alimentarem em plantas infectadas, introduzindo os estiletes disseminando o vírus na picada de prova  ou picada de alimentação.
·         Cigarrinhas também possuem grande eficiência dada a sua facilidade de locomoção a grandes distâncias veiculadas principalmente pela ação do vento.

·         As práticas culturais apresentam grande importância, pois caso sejam feitas sem segurança no tocante a disseminação de vírus, tornam-se um problema para o agricultor.  Vejamos por exemplo o caso do geminivírus do tomateiro na Serra da Ibiapaba: a população da mosca branca é menor no período chuvoso, consequentemente a incidência de GV no tomateiro se torna maior na época seca.

·         A rotação cultural é uma prática salutar e que deve ser adotada para o bem do manejo de solo, água e planta dentro de uma visão mais holística. O tipo de rotação cultural tem efeito marcante na incidência de viroses que podem sobreviver em sementes ou em plantas voluntárias.

·         A utilização de barreiras vivas é uma prática salutar, pois o vírus sendo oriundo de fora do plantio, o adensamento em forma compacta pode reduzir a infecção. A utilização do milho como barreira viva na proteção de um plantio de tomateiro oferece sempre bons resultados ao agricultor.

·         O cultivo protegido é uma solução para áreas onde a incidência de virose é um problema, pois a proteção que é dada, principalmente contra afídeos e mosca branca, por si só já se torna um impedimento para entrada do vírus. Outro detalhe é que, visitas realizadas às estufas por pessoas estranhas a propriedade devem se limitar até 8h da manhã, pois isto dificulta passagem de pessoas por outra propriedade antes de visitar o cultivo protegido.

·         Sementeiras que não são protegidas constituem ameaça como fonte de vírus, daí porque hoje em dia a preferência é por produção de mudas em cultivo protegido.

·         Todo cuidado deve ser dado a prática de enxertia no que diz respeito a infecção da planta hospedeira por vírus, bem como na introdução de vírus em espécies que nunca antes foram infectadas.

·         A monocultura na Fitopatologia de um modo geral não é muito recomendada e por falta de uma diversidade de culturas a probabilidade de ocorrência de epidemias causadas por vírus se torna bem maior.

·         Com relação aos fatores físicos chama a atenção o vento. A utilização de quebra-vento pode afetar o local de incidência dos vetores de vírus bem como o complexo de infecção viral. Na medida que os vetores são dispersados pelas correntes de vento, com ele são disseminados os vírus.

·         No que diz respeito às chuvas, observamos que em determinadas situações a ocorrência de chuvas contribui para diminuir população de insetos vetores como por exemplo: o caso da mosca branca, cuja população diminui significativamente com o aumento das chuvas.

·         Sobre o solo, temos que solos bem aerados podem contribuir para inativar o vírus quando comparados a solos compactados.

·         A sobrevivência dos vírus em caráter sazonal pode ocorrer no mesmo hospedeiro ou em sementes quando for o caso; O vírus do mosaico do fumo pode sobreviver no solo, de modo idêntico as viroses transmitidas por esporos de fungos. As práticas agrícolas quando conduzidas sem uma preocupação quanto a sobrevivência dos vírus, contribui para manutenção do potencial de inóculo.

domingo, 20 de outubro de 2013

Atividade de aprendizagem para aula de campo do dia 25/10/2013

Atividade de aprendizagem

Levantamento das fitomoléstias que incidem nos cultivos da Fazenda Piroás

1. Identificação da cultura com nome vulgar e científico;

2. Descrever  a sintomatologia completa;

3. Descrever a etiologia;

4. Realizar a classificação da doença com base nos grupos de McNew e processo fisiológico afetado;

5. Descrever para cada agente etiológico o grau de parasitismo, a especificidade e a agressividade conforme o grupo da doença;

6. Identificar a fonte de inóculo;

7. Descrever o(s) modo(s) de disseminação do patógeno;

8. Mencionar se o caso se trata de doença monocíclica ou policíclica;

9. Descrever medidas de manejo;

10. Referências bibliográficas;

Equipes de 4 alunos, fazendo o registro da doença e dos sintomas em foto digital, enviando o relatório pelo SIGAA até 31 de outubro às 23:59h (após este horário o SIGAA não receberá mais envios desta atividade)

sábado, 19 de outubro de 2013

Fungos como agente de doenças de plantas

  1. Caracterize os fungos.
  2. Quais os efeitos benéficos dos fungos na agricultura?
  3. Do ponto de vista industrial qual a importância dos fungos?
  4. Em relação ao modo de vida como se classificam os fungos?
  5. Como você classifica fungos causadores de ferrugem em relação ao modo de vida?
  6. O fungo Colletotrichum gloeosporioides é conhecido como um fungo polífago. O que isto quer dizer?
  7. Como se classificam os micélios dos fungos fitoparasitas com relação a colonização?
  8. Diferencie haustório de apressório.
  9. Cite duas estruturas de resistência dos fungos.
  10. O que é um picnídio?
  11. Idem para acérvulo.
  12. Em um fungo, por exemplo um ascomiceto, cleistotécio, apotécio e peritécio são corpos de frutificação. Qual a função destes corpos de frutificação em um fungo?
  13. No caso de doenças provocadas por fungos dos gêneros Pythium e Phytophthora como damping off, diga: a) quais os sintomas secundários? b) Qual o sintoma principal?
  14. A pinta preta do tomateiro, causada pelo fungo Alternaria solani é uma doença presente em quase todos os plantios de tomateiro. Perguntas: a) Como se enquadra a classificação deste fungo nos grupos de McNew e qual(is) o(s) processo(s) fisiológicos da planta afetado(s)? b) Como sobrevive este patógeno na ausência do hospedeiro? c) Como se dá o processo de disseminação? d) Qual a importância do agrônomo conhecer o ciclo desta fitomoléstia?
  15. Cite uma doença causada por fungo com o seu respectivo agente causal. Quais os procedimentos para a correta diagnose desta fitomoléstia? Mencione todos os passos.
Trabalho em equipe de 4 alunos - data de entrega: 24/10/2013

vespas para controle biológico de pragas

Utilização de vespas para controle biológico de pragas e diminuição no uso de agroquímicos.

veja em: http://www.hypeness.com.br/2013/10/startup-cria-vespas-em-laboratorio-que-sao-usadas-pra-combater-pragas/

Vespas são usadas em plantações para substituir agrotóxicos
Mais barato, mais sustentável e, por isso, uma ideia realmente inovadora – a Bug Agentes Biológicos é uma startup brasileira que conseguiu provar que as vespas podem substituir agrotóxicos no combate à pragas na lavoura. Elas são microvespas, feitas em laboratório, e podem fazer com que cada brasileiro consuma, em média, menos 6 litros de produtos químicos ao ano.

domingo, 13 de outubro de 2013

Dicas fitopatológicas

Calagem do solo e doenças de plantas

·         Os fungos fitopatogênicos que habitam o solo, têm, em sua grande maioria, destacada preferência por solos de acentuada reação ácida (pH 4.0 a 5.2), enquanto solos neutros ou ligeiramente alcalinos lhes são desfavoráveis.

·         O recurso natural para corrigir tal acidez é a calagem do solo. Em regra, mediante a aplicação de 2 t de cal viva por hectare, ou por calagem feita ao pé da planta, incorporando-se 200 a 300 g de cal à rizosfera correspondente. Todavia tais quantidades devem ser aumentadas, até dobradas, caso prevaleçam índices maiores de acidez.

·         Com a calagem, previnem-se muitas doenças de destacada importância econômica, a exemplo da Requeima do tomateiro (Phytophthora infestans). Portanto, todo cuidado é pouco antes de um cultivo no que diz respeito a acidez do solo. Prevenir é melhor do que remediar!


·          


Doenças transmitidas através de sementes

PATOLOGIA DE SEMENTES

·         Patologia de sementes, é a ciência que estuda a sanidade das sementes. Tem por objetivo a identificação e controle de fitomoléstias propagadas por sementes.

·         São atribuições da patologia de sementes o levantamento e estudo de patógenos, bem como a correta avaliação de mecanismos de transmissão dos fitopatógenos, o estabelecimento dos limites de tolerância, avaliação de perdas, exames para diagnóstico das doenças transmitidas e a aplicação das medidas de manejo adequadas para o correto controle de fitomoléstias em sementes.

·         Na incidência de doenças causadas por patógenos de sementes uma coisa chama a atenção, qual seja o fato da presença do patógeno ser imperceptível, além de uma eficiente disseminação das estruturas do agente causal da doença. Chama também a atenção o fato da sobrevivência do patógeno por longos períodos e consequentemente a preservação da patogenicidade. Outro detalhe muito importante para o fitopatologista é o fato da infecção ser muitas vezes de caráter precoce, haja vista a proximidade entre patógeno e hospedeiro. Some-se aos fatos anteriormente citados, que ao disseminar-se em um determinado cultivo, a distribuição homogênea no campo, torna difícil a erradicação da fitomoléstias.

·         No que diz respeito aos aspectos econômicos, as doenças causadas pelos fitopatógenos que atacam sementes ocasionam prejuízos que podem variar dependendo do nível tecnológico adotado pelo produtor, bem como pelas condições climáticas, sem se falar nos aspectos relacionados a agressividade, grau de parasitismo e especificidade do hospedeiro. Culturas como o tomateiro apresentam perdas que podem chegar aos 23%, milho 15% e feijão vagem 20%.

·         A transmissão do patógeno quando é de caráter interno, ou seja no estabelecimento dele no interior da semente, proporciona uma maior probabilidade de infecção em condições ambientais favoráveis. Já quando o transporte do patógeno ocorre na superfície da semente, não necessariamente pode ocorrer a doença.

·         A localização do patógeno na semente depende de vários fatores dentre os quais podemos citar a época de ocorrência da infecção, as condições climáticas, bem como o modo de coleta, manuseio e transporte de sementes, além do tipo de associação do patógeno com a planta hospedeira.

·         Os fungos como agente de doenças em sementes podem causar a redução do stand, redução da germinação e vigor da semente, apodrecimento e tombamento em pré e pós-emergência. Fungos que atacam as raízes podem danificá-las causando podridões, necroses e hipertrofia.

·         Fungos dos gêneros Aspegillus e Penicillium, que ocasionam danos em sementes armazenadas podem provocar descoloração das sementes, diminuição da germinação, manchas, aquecimento, reações bioquímicas, produção de micotoxinas e toxinas.

·         São condições para incidência de doenças transmitidas por sementes um alto teor de umidade, temperatura elevada principalmente quando diante de uma baixa aeração, presença de insetos e descuidos na colheita, beneficiamento e armazenamento.

·          


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

SINTOMATOLOGIA E DIAGNOSE DE FITOMOLÉSTIAS

Entende-se por sintomatologia o estudo de sintomas de doenças de plantas. Qualquer manifestação de reação da planta a um agente nocivo é o que chamamos de sintoma. Por sua vez, sinal são as estruturas do patógeno, quando exteriorizadas no tecido doente, tais como esporos de fungos, micélios talos bacterianos, larvas e ovos de nematoides, cheiros emanados de lesões, etc.

Qualquer alteração na forma ou anatomia dos órgãos da planta decorrentes do ataque de um patógeno é o que se entende por sintomas morfológicos, os quais podem ser necróticos ou plásticos.
No caso primeiro, ocorre degeneração do protoplasma, seguida de morte das células, tecidos e órgãos. Estes sintomas necróticos dividem-se em plesionecróticos – que ocorrem antes da morte do protoplasma – e holonecrótico, que são sintomas necróticos que ocorrem após a morte do protoplasma.

Como sintomas necróticos plesionecróticos temos o amarelecimento, a murcha e o encharcamento. No primeiro ocorre a destruição da clorofila, enquanto o encharcamento, também conhecido como anasarca é muito comum em doenças cujos agentes causais são bactérias.

A murcha pode ser de caráter permanente como no caso de Fusarium oxysporum f. sp cubense, ou temporária como no caso da hérnia das crucíferas.
Sintomas primários normalmente resultam da ação direta do patógeno nos órgãos do hospedeiro os quais exibem os sintomas, enquanto os sintomas secundários ou reflexos são os que são exibidos pelo hospedeiro em locais distante do ataque do patógeno.

Sintomas necróticos holonecróticos temos o cancro, o crestamento, também conhecido como requeima como no caso da batata e do tomate cujo agente causal é Phytophthora infestans e na pinta preta do tomateiro (Alternaria solani).
Outro sintoma necrótico holonecrótico muito comum é o damping-off, principalmente quando ocorre em sementeiras cujos agentes causais podem ser os fungos dos gêneros: Rhizoctonia, Pythium e Phytophthora.

Escaldadura, estria, gomose, mancha, morte dos ponteiros (também conhecida como “die-back”), mumificação, perfuração, podridão, pústula (como no caso das ferrugens), resinose e seca, são outros sintomas necróticos holonecróticos muito comuns.

Sintomas plásticos podem ser hipo ou hiperplásticos. No caso do primeiro, consiste no subdesenvolvimento – redução ou supressão – na multiplicação ou crescimento de células. São exemplos: falta congênita da produção de clorofila – albinismo -. Esmaecimento do verde (falta da clorofila) – clorose -. Falta de produção da clorofila/hiperplasia devido ao alongamento do caule – estiolamento – nanismo ou enfezamento, muito comum em viroses do feijoeiro. Seguem-se: mosaico, roseta (encurtamento de entrenós, brotos ou ramos).

Sintomas hiperplásticos

Mudança da cor da epiderme (bronzeamento) como na doença conhecida por vira-cabeça do tomateiro; calo cicatricial; enação (desenvolvimento de protuberâncias, similares a folhas rudimentares, sobre as nervuras das folhas devido ao ataque de vírus); encrespamento ou encarquilhamento; epinastia (curvatura para baixo da folha, parte dela ou do ramo); fasciação; galha (hipertrofia e hiperplasia) ocasionada por nematoides do gênero Meloidogyne ou por Agrobacterium tumefasciens; superbrotamento (ramificação excessiva do caule, ramos ou brotações florais), verrugose, virescência.

Diagnose

No quadro que compõe o estudo da diagnose de fitomoléstias, é de fundamental importância o entendimento do quadro sintomatológico da doença a ser identificada, bem como a observação sobre possíveis sinais do patógeno, isto tudo aliado a um bom poder de observação, com informações que irão compor a ficha de entrada do material na clínica vegetal, com informações bibliográficas de referência e dos exames laboratoriais.

A diagnose pode ser realizada de forma indireta através da observação dos sintomas ou diretamente, via exame laboratorial para constatar o verdadeiro agente causal da fitomoléstia.

No caso do diagnóstico de fitomoléstias desconhecidas temos que aplicar os postulados de Kock, constatando a interação entre patógeno e planta hospedeira, para logo em seguida realizar o isolamento e cultivo do agente causal com a posterior inoculação em hospedeiro idêntico, porém sadio. Promove-se então com a exibição dos sintomas, o reisolamento do patógeno para a comprovação final da patogenicidade.

Atividade de aprendizagem:

Identificação e descrição dos sintomas das fotos acima.

Equipe - 4 alunos

Data de apresentação: 11/10/2013

Aula prática de Classificação de doenças de plantas e sintomatologia

Dia: 04/10/2013
Local: Fazenda Piroás
Saída: 7:00h
Retorno: 15:00h

Levar lupa, sacos plásticos e máquina fotográfica.

Os capítulos referentes a Classificação de doenças de plantas e sintomatologia devem ser lidos pelos discentes antes da aula prática.

Os discentes devem ir a campo em grupo de 4 alunos para coleta de material com sintomas de doenças de plantas.

No período da tarde ocorrerá uma gincana para classificação das doenças segundo McNew, bem como dos sintomas apresentados.

Sugestão de vídeo

Sugestão de vídeos para o blog:

http://www.youtube.com/watch?v=nfDiOwR_azc&noredirect=1

http://www.youtube.com/watch?v=_kvI6SLeD90

Os vídeos contam a História da Fitopatologia, e são um resumo do texto lido e discutido em sala de aula: Conceito e História da Fitopatologia.

Discente: Natália Guimarães

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Coleta, preparo e envio de materiais para análise fitopatológica

PROTOCOLO DE AULA PRÁTICA O2
Prof. Dr. Joaquim Torres
Fitopatologia I

COMO COLETAR, PREPARAR E ENVIAR MATERIAL PARA ANÁLISE
FITOPATOLÓGICA

Objetivos
a) Orientar as atividades de coleta de espécimes para exames no laboratório de Fitopatologia, tendo em vista a necessidade e a importância de se obter amostras representativas e resultados mais precisos.


Conceitos
n  Diagnose: reconhecimento e identificação de uma doença, mediante a interpretação dos sintomas e sinais.

n  A diagnose pode ser direta e indireta: Diagnose direta é baseada na identificação de sinais e a indireta é efetuada com o auxílio dos sintomas; O resultado da diagnose é chamado Diagnóstico.

§  SINTOMAS: manifestações das reações da planta a um agente nocivo
n  Ex: manchas necróticas, subdesenvolvimento;

n  SINAIS: são  as alterações apresentadas pelo hospedeiro em seus hábitos ou estruturas, ou seja, é a exteriorização da doença ;
n  Tarefas a serem realizadas no laboratório: identificação de sintomas, preparo de lâminas, teste de câmara úmida, isolamento e cultivo quando necessário e por fim a identificação;
n  A equipe para atender aos alunos através de agendamento é composta pelo professor da disciplina, pela técnica do laboratório, monitores e bolsistas.

n  Recomendações para coleta de material

Recomenda-se procedimentos para a preservação dos espécimes, retardando a ação  biológica, para dar condições de exame. Tais espécimes devem ser acompanhados de informações importantes (preenchimento de formulário apropriado), sendo que material completamente seco em estado de putrefação, e sem a informação necessária serão eliminados do processo de análise.

A – Plantas demonstrando murchamento, amerelecimento ou enfraquecimento geral.
1. Arrancar as plantas cuidadosamente (não puxá-las).
2. Enviar a planta inteira, incluindo as raízes, com torrão de terra em volta.
3. Enviar plantas que apresentem os primeiros sintomas da doença.
4. Enviar amostras do solo e pedaços de raízes em saco plástico, bem fechado para evitar perda de umidade.
5. Árvores grandes, coletar as raízes, grandes e pequenas, junto com torrão de solo, na área da
projeção da copa, cobrindo-as com plástico.

B – Cancros em ramos e troncos
1. Selecionar espécimes com infecções recentes.
2. Enviar uma parte inteira com o sintoma e, se possível, também uma parte localizada abaixo e  acima da parte infectada.
3. Ramos e galhos mortos há vários meses, não servem para identificações.

C – Manchas foliares
1.       Coletar amostras de folhas que mostram sintomas iniciais e adiantados de infecção.

D – Órgãos frágeis
1. Putrefações em frutas frágeis e vegetais necessitam atenção especial. Não enviar aquelas com avançado estado de decomposição.
2. Selecionar espécimes frescos que demonstrem os primeiros sintomas, colocá-los em saco
plástico, não adicionar água. Vegetais frágeis e frutas devem ser acondicionadas separadamente.
Guardar em lugar fresco, até o momento do despacho.
Obs.: É recomendado o uso de saco plástico devido a melhor conservação do material e para evitar derrames de secreções, etc.2

E – Acondicionamento e despacho
1. Embrulhar cada espécie em papel resistente. Colocar o endereço perfeitamente visível.
2. Folhas ou pequenas plantas podem ser envolvidas em folha de jornal ou mata borrão.
3. Não colocar o endereço e a ficha de identificação em contato com o material a ser analisado.
4. Enviar logo após a coleta. Se não for possível, guardar em geladeira até o momento da remessa.
5. Endereçar para laboratório fitopatológico.
6. Programar a chegada das amostras no laboratório, em dias úteis (segundas as sextas-feiras).

F – Informações que devem acompanhar o espécime
1. Preencher o mais detalhado possível a ficha para o envio do material para análise.
2. Colocar a ficha em lugar seguro junto ao pacote.

RECOMENDAÇÕES PARA COLETA DE MATERIAL PARA ANÁLISE DE
NEMATÓIDES
1. Caules e folhas devem ser envolvidos em algodão ou papel umedecido e colocados em sacos de  polietileno.
2. Raízes devem ser cuidadosamente arrancadas com blocos de terra e colocados em saco de
polietileno. Não arranque as plantas puxando-as com a mão, pois a maioria das radicelas será
perdida e, com ela um grande número de nematóides. Devem-se retirar amostras das áreas que  apresentam plantas com sintomas e daquelas onde se encontram plantas aparentemente sadias, em vários locais do campo de cultura. Quanto maior o número de amostras coletadas, maior a probabilidade de se avaliar as relações dos nematóides com as plantas.
3. Amostras de solo com trado oco, de poucos centímetros de diâmetro, sempre próximos à zona das raízes. Em se tratando de plantas anuais, as amostras são colhidas até 0,30 m de profundidade.
Amostras colhidas de solo com bom teor de umidade, embaladas em sacos de polietileno, podem conservar os nematóides em bom estado para exame, por cerca de 2 a 4 meses, quando mantidos em ambiente de 4 a 6 ºC.
4. No caso de interessar o levantamento de uma determinada área, coleta-se um grande número de pequenas amostras de vários locais do campo, acumulando-se de 10 a 20 quilos de terra, mistura-se 2 a 3 quilos para exame.
5. Amostras de solo seco, antes de serem examinadas, devem ser umedecidas e deixadas em
repouso por vários dias afim de que os nematóides reiniciem seus ciclos de vida.
6. Anote todos os dados importantes, tais como: localidade, data, coletor, sintomas, extensão,
distribuição, etc..
7. As amostras de qualquer natureza devem ser mantidas de tal forma que os nematóides nelas presentes não sofram excesso de aquecimento ou desidratação até a chegada ao laboratório.

PRÁTICA

Cada aluno deverá coletar no campo um material com sintomas de doenças de planta conforme os procedimentos explicitados acima e levar para o laboratório de Fitopatologia. Preencher a ficha de consulta com as informações, registrar com fotografia digital, identificar os sintomas e se preciso for, preparar lâmina para realizar a diagnose.
Apresentar relatório conforme as normas contendo: sintomas, etiologia, nome da doença e agente causal.

Entrega:  18.10.2013

Referências
·         Barnett, H.L. & Hunter, B.B Illustrated genera of imperfect fungi. Minneapolis, Minnesota, Burgess Publishing. 1972. 241p. il.
·         Bergamin Fo, A; Amorim, L; Kimati, H. Manual de Fitopatologia: princípios e conceitos v.1,2ed S.Paulo, Agronômica Ceres. 1995, 919p. Il.
·         Menezes, M. & Oliveira, S.M.A. Fungos fitopatogênicos. 1997. 106p.il



sábado, 28 de setembro de 2013

Classificação de doenças de plantas


28/09/2013







Atividade de aprendizagem sobre CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS DE PLANTAS

Caro(S) discentes,
1.     Do ponto de vista do agrônomo que trabalha na extensão rural, qual seria a melhor forma de classificação de doenças de plantas? Como você justificaria a forma escolhida?
2.     Idem para o pesquisador?
3.     De que modo o estudo e compreensão dos aspectos fisiológicos contribuíram para McNew estabelecer a sua tão conhecida classificação de doenças?
4.     Correlacione os processos fisiológicos aos grupos de doenças conforme a classificação de McNew.
5.     Do ponto de vista da evolução parasitária, agressividade e especificidade, como você caracteriza os diferentes grupos de doenças conforme a classificação de McNew?
6.     Um agricultor consultou um técnico sobre um problema de ordem fitossanitária e expôs o seguinte quadro: Plantas apresentavam murchas nas horas mais quentes do dia e no final da tarde davam impressão de recuperação, porém no dia seguinte murchavam de vez, amareleciam, secavam e morriam. Com base no grupo de doenças de McNew, quais procedimentos você adotaria para enquadrar tal quadro sintomatológico em um dado grupo?

Prazo para entrega via postagem no blog: 05/10/2013

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

sugestão de vídeo sintomatologia

Sintomatologia de Doenças de plantas

https://www.youtube.com/watch?v=G8aNFMs1I-k


Dalber Silva 
Estudantes do 7º Trimestre de Agronomia da UNILAB

Notícia

Boa noite professor, achei a noticia bem interessante para divulgarmos no blog. 
Segue o link: 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Desafio Fitopatologia 01/2013/2

Café sombreado no Maciço do Baturité - Identificação de doenças.

O(s) aluno(s) que conseguirem coletar e identificar doenças do cafeeiro em regime sombreado, devem conduzir para a Universidade. Material deve ser acompanhado da ficha de entrada na clínica vegetal.

Aula de Fitopatologia 27/09/2013

Avisamos aos alunos da disciplina de Fitopatologia que para a aula desta sexta-feira iremos trabalhar os conceitos básicos de importância das doenças de plantas e a classificação conforme McNew.

Para tanto, recomendamos que levem para a aula a apostila do prof. Michereff para realizarmos estudo dirigido.

domingo, 22 de setembro de 2013

FITOPATOLOGIA: OBJETIVOS E EVOLUÇÃO



Fitopatologia é a ciência que se dedica ao estudo das fitomoléstias em sua causa, características, evolução e manejo. Pode ser dividida em Fitopatologia Geral, que estuda os princípios, conceitos e as técnicas e a especial que estuda as diversas doenças agrupadas conforme a natureza ou conforme a planta.
Dentre os vários capítulos na Fitopatologia, destaque para sintomatologia, etiologia, epidemiologia e manejo. A Fitopatologia ganhou créditos como ciência na metade do século XIX, com trabalhos que se seguiram às pesquisas de De Bary (Ferrugem do Trigo).
As primeiras referências sobre doenças de plantas estão assinaladas na Bíblia como verdadeiros castigos divinos. Aristóteles e Teofrasto, este último considerado o pai da Botânica, deu contribuições classificando as doenças de plantas em internas e externas. Por sua vez, Plínio e Columella no Império Romano, deram suas contribuições com relatos sobre fitomoléstias, mais particularmente sobre o carvão e a Ferrugem do Trigo.
A história da Fitopatologia pode ser dividida em seis fases ou períodos: Período Místico, da Predisposição, Etiológico, Ecológico, Fisiológico e Biotecnológico. No primeiro caso atribuídas a causas místicas; já na Predisposição seriam o resultado de distúrbios funcionais provenientes de desordens nutricionais que predispunham os tecidos da planta a produzirem fungos, como excrescências que neles se desenvolviam por geração espontânea. No período etiológico as doenças de plantas seriam de natureza parasitária, baseado nos estudos sobre a requeima da batata, provando cientificamente que o fungo Phytophthora infestans era o agente causal.
No período ecológico Neste período foram conduzidos estudos sobre diversos aspectos do meio, como fatores climáticos, edáficos e nutricionais, além de outros. No período ecológico foram iniciados os estudos sobre epidemiologia, sobrevivência do patógeno, disseminação, penetração, colonização, condições predisponentes, ciclo biológico entre outros.
No período fisiológico, as doenças de plantas passam a ser encaradas com base nas relações fisiológicas entre hospedeiro e patógeno, como um processo dinâmico no qual ambos se influenciam mutuamente. No período atual, da Biotecnologia, a engenharia genética tem permitido através de diferentes técnicas, como por exemplo: sequenciamento genético, um avanço altamente significativo para um melhor entendimento da Fitopatologia.
ATIVIDADE BASEADA EM PROBLEMA
Situação:
Suponha a ocorrência da fitomoléstia antracnose do cajueiro cujo agente causal é o fungo Colletotrichum gloeosporioides.
Imagine-se vivendo em cada época e vivenciando cada período da fitopatologia. Como você iria descrever as possíveis causas desta fitomoléstia com base no histórico e evolução da Fitopatologia?
Obs: Atividade para ser realizada em grupo de 6 alunos com envio para o blog em forma de comentário resumido até o dia 25/09/2013.


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Roda de Leitura


  1. Atividade: Roda de Leitura
  2. Texto: As plantas também adoecem
  3. Link: http://naturlink.sapo.pt/Natureza-e-Ambiente/Agricultura-e-Floresta/content/As-plantas-tambem-adoecem?bl=1&viewall=true
  4. Apresentar um resumo dos principais conceitos observados no texto (uma lauda, fonte arial 12, espaço 1,5)
  5. Apresentar três questionamentos sobre o texto.
  6. Prazo para entrega: 27/09/2013

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Uma abordagem sobre doenças de plantas com visão holística


  • A observação de um determinado patógeno e/ou de uma determinada fitomoléstia em si só, não representa necessariamente um perigo a um determinado cultivo realizado pelo agricultor. O enfoque estritamente visto sob o ponto de vista do triângulo da doença, pode limitar o foco de ação diante da ausência de uma visão de todo o sistema agrícola no qual situa-se o plantio no qual foram detectadas doenças de plantas.
  • Um olhar que contemple a visão do todo, ou seja, do entendimento do sistema agrícola como um todo, permitirá principalmente ao estudante e ao técnico, cuja função é tratar do manejo cultural, examinar que além de patógeno, hospedeiro e ambiente, existe todo um sistema integrado, inclusive com uma participação do ser humano que propicia condições para a aplicação de medidas de manejo preventiva e aí ênfase é dada ao manejo cultural e agroecológico, que permite uma tomada de decisão com maior consciência sobre a relação causa-efeito na ocorrência de uma fitomoléstia.
  • O imediatismo de tentar controlar a todo custo qualquer doença de planta, principalmente somente através da aplicação intensiva de químicos tem levado a situações de pressão de seleção no plantio com resultados catastróficos de tal sorte que a doença aumenta em intensidade e frequência e nada surge efeito, face principalmente ao desequilíbrio biológico.
  • Portanto, recomenda-se todo cuidado ao se fazer um diagnóstico fitopatológico. Uma visão holística sempre será bem vinda, permitindo que se combata a causa e não a consequência.



conteúdo programático


DESENVOLVIMENTO RURAL

AGRONOMIA

ANO LETIVO:                2013.2              TRIMESTRE:     7º                           PROFESSOR (A): JOAQUIM TORRES FILHO
DISCIPLINA:  FITOPATOLOGIA
DATA
CONTEÚDOS DESENVOLVIDOS
20/09/2013
Histórico e importância da fitopatologia; Classificação de doenças de plantas
27/09/2013
Ciclo das relações patógeno-hospedeiro; Etiologia e Sintomatologia.
04/10/2013
Aula prática de campo sobre sintomatologia (Fazenda Piroás)
11/10/2013
Coleta e remessa de material para exame fitopatológico
18/10/2013
Principais doenças de hortaliças, fruteiras e grandes culturas
25/10/2013
Aula prática sobre doenças de hortaliças, fruteiras e grandes culturas (Campus do Pici)
01/11/2013
Primeira avaliação; Ação do meio ambiente sobre doenças de plantas
08/11/2013
Fisiologia do parasitismo e mecanismos de resistência de plantas às doenças
22/11/2013
Seminários sobre bactérias, fungos, vírus, nematoides e viróides como agente de doenças de plantas
29/11/2013
Segunda avaliação; Princípios e Medidas de Controle
06/12/2013
Manejo Integrado de doenças de plantas
13/12/2013
Avaliação Final


























Professor (a):_________________________________     Coord. do Curso__________________________     Resp. pelo Recebimento________________________________

                            Este mapa de frequência é válido somente com as Assinaturas do Professor, do Coordenador e do Responsável pelo Recebimento.